USO DE COLISTINA INTRAVENTRICULAR E INTRATECAL NA ABORDAGEM TERAPÊUTICA DAS MENINGITES CAUSADAS POR ACINETOBACTER BAUMANNII MULTIRRESISTENTE

Authors

  • Julia Brites Queiro Lopes Chagas Faculdade de Minas (FAMINAS BH)
  • Luísa Alves de Sousa Fonseca Faculdade de Minas (FAMINAS BH)
  • Pedro Paulo Gusmão De Lima Faculdade de Minas (FAMINAS BH)

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3597

Keywords:

Acinetobacter baumannii, colistina, meningite multirresistente

Abstract

Introdução: as meningites representam importantes quadros clínicos cujos agentes etiológicos variam, sendo a Acinetobacter baumannii uma bactéria gram-negativa de extrema importância pela sua característica multirresistente e presença elevada em ambientes nosocomiais, afetando principalmente imunossuprimidos e àqueles que passam por procedimentos cirúrgicos, principalmente no que diz respeito a procedimentos neurocirúrgicos. Dessa forma, nos últimos anos tem sido estudado o uso da colistina no tratamento da meningite causada por essa bactéria. Metodologia: para a presente revisão, utilizou-se artigos da plataforma Pubmed, publicados nos últimos cinco anos e com ênfase na temática. Resultados: A colistina é um antimicrobiano criado por volta da década de 1950 que teve seu uso aumentado nos últimos anos por se demonstrar eficaz contra cepas de bactérias multirresistentes, entre elas a A. baumannii. Nesse contexto, a colistina usada por via intratecal ou intraventricular tem sido levantada como alternativa no tratamento de meningites causadas por essa bactéria, uma vez que sua difusão no liquido cefalorraquidiano quando administrada via intravenosa não se mostra satisfatória. Dessa forma, apesar de possuir efeitos adversos como meningite química e ventriculite, possibilidade de contaminação do cateter de aplicação, e ainda uma falta de consenso quanto a dose administrada, o uso do medicamento por essas vias demonstrou eficácia de 89-90% e ausência de efeitos nefrotóxicos experimentados quando há aplicação sistêmica. Conclusão: Assim, o uso da colistina via intratecal ou intraventricular é uma opção vantajosa e eficaz para o tratamento da meningite causada pela A. baumannii multirresistente, no entanto mais estudos são necessários para otimização da terapêutica

Published

2022-12-28

How to Cite

Chagas, J. B. Q. L. ., Fonseca, L. A. de S., & De Lima, P. P. G. (2022). USO DE COLISTINA INTRAVENTRICULAR E INTRATECAL NA ABORDAGEM TERAPÊUTICA DAS MENINGITES CAUSADAS POR ACINETOBACTER BAUMANNII MULTIRRESISTENTE. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 232–237. https://doi.org/10.51161/rems/3597

Issue

Section

Artigos de Revisão