IMPACTO PSICOLÓGICO DO DIVÓRCIO DOS PAIS SOBRE O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3291Palavras-chave:
CONFLITOS, DIVÓRCIO, DESENVOLVIMENTO INFANTILResumo
Introdução: O divórcio pode ser caracterizado como um processo estressante que requer uma série de mudanças e ajustamentos na vida e na rotina dos cônjuges e dos filhos. A desarticulação do alicerce fantasmático do parceiro que antes sustentada pela completude narcísica é atualmente o motivo do sofrimento psíquico, nesse campo de batalha os filhos se postam no meio de tumultuadas experiências, vivenciando e internalizando todas situações fazendo papel de troca nas intermediações do excesso pulsional dos pais. Dentro da separação conflituosa do casal parental, os filhos podem experienciar sentimento de culpa, medo, abandono, tristeza, incerteza, solidão, insegurança, fúria, dor e falta de proteção. Objetivo: Discutir o impacto psicológico do divórcio conflituoso dos pais sobre o desenvolvimento emocional dos filhos entre 0 a 10 anos. Material e métodos: Pesquisa bibliográfica com acesso às bases de dados da internet, foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos e que discutissem o impacto do divórcio sobre a infância. Resultados: A primeira infância é o momento em que a criança aprende e se conceituar como um eu. Segundo recorte de um caso clínico, com a separação dos pais a figura paterna se mostrava ausente e distante. Como sintoma a criança passou a apresentar constipação, expressando o diálogo entre manter-se subjugado ao outro materno ou se separar dele, além disso, os desejos da mãe em ter o filho somente para si. As crianças em idade pré-escolar são as que mais experienciam efeitos negativos do divórcio, por possuírem pouca maturidade cognitiva para entender o que está acontecendo na família. Erikson define esta fase como “Iniciativa versus Culpa”, em que a criança passa a assumir a responsabilidade de si própria e de tudo que envolve seu mundo, adquire crescimento intelectual. Como consequências da separação podem surgir problemas escolares e comportamento problemático com colegas e figuras de autoridade. Conclusão: Quanto maior o conflito entre os pais em processo de separação, menor será a capacidade de simbolização e tradução dos acordos psicossociais do filho, levando a produção de sintomas e transtornos como resposta àquelas mensagens internalizadas e que a criança não consegue assimilar, com possibilidade então de somatizar tais experiências psicológicas.
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