DEFENSIVO AGRÍCOLA OU AGROTÓXICO? IMPACTOS NA ECONOMIA E NA SAÚDE PÚBLICA

Autores

  • Rudi Scaffa Santiago Pontes

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3270

Palavras-chave:

AGROTÓXICOS, AGRICULTURA BRASILEIRA, SAÚDE PÚBLICA

Resumo

Introdução: O termo agrotóxico em substituição a defensivos agrícolas passou a ser utilizado no Brasil após uma grande mobilização social que questionava a toxidade desses produtos. Objetivo: O presente trabalho propõe-se analisar através de uma revisão bibliográfica a relação desses produtos com a economia agrícola e os seus impactos na saúde pública. Material e métodos: Efetuou-se uma busca integrativa na base de dados da Scientific Electronic Library Online (Scielo), sendo analisados cinco artigos publicados no Brasil a partir dos objetivos da pesquisa. Resultados: Diante do modo como surgiu o termo agrotóxico, qualquer pessoa pensaria na necessidade de instrumentos regulatórios mais rígidos para a sua comercialização. Sob o ponto de vista econômico, deve-se considerar a agricultura como vetor crucial do crescimento econômico brasileiro, e que a produção agrícola interna em larga escala reduz o preço da alimentação, melhorando a qualidade de vida da população brasileira. Na ótica do agricultor, o seu uso é importante considerando o benefício esperado na redução do potencial de perdas produtivas ocasionadas por enfermidades conhecidas como “Pragas”. Entretanto, sob a perspectiva de bem-estar social, há um alto custo externalizado por essa atividade devido ocasionar danos à saúde. Os riscos de intoxicação humana acontecem não somente através do trabalho direto na agricultura. Além dos danos agudos a estes mais bem descritos, tendo em vista o processo de intoxicação mais imediato, muitos efeitos nocivos crônico têm sido observados em estudos científicos na área da saúde, os quais têm detectado lesões na pele, presença dessas substâncias em amostra de sangue humano assim como resíduos presentes em alimentos consumidos pela população em geral, apontando a possibilidade de ocorrência de câncer, doenças mentais e disfunções na reprodução humana. Em geral essas consequências estão condicionadas a fatores como: o uso inadequado dessas substâncias, a pressão exercida pela indústria e pelos grupos de produtores, e a ineficiência dos órgãos reguladores nos mecanismos de vigilância. Conclusão: Pelos resultados obtidos na revisão bibliográfica, pode-se concluir a necessidade do papel das políticas governamentais na criação de ações e regras cujo propósito seja a racionalização do uso dos agrotóxicos à luz de uma perspectiva de convergência entre os interesses econômicos, ambientais e da saúde pública.

Publicado

2022-03-16

Como Citar

Pontes, R. S. S. . (2022). DEFENSIVO AGRÍCOLA OU AGROTÓXICO? IMPACTOS NA ECONOMIA E NA SAÚDE PÚBLICA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 323. https://doi.org/10.51161/rems/3270

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional

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