AVALIAÇÃO DA DETECÇÃO DO SARS-COV-2 POR ENSAIO DE RT-QPCR EM AMOSTRAS DE SUPERFÍCIES
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3153Palavras-chave:
SUPERFÍCIES, DETECÇÃO, PCR, REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE, SARS-COV-2Resumo
Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe inúmeras incertezas e dentre elas a possibilidade de infecção a partir do contato com superfícies contaminadas. Objetivo: Desta forma, foi conduzido um estudo exploratório a fim de avaliar a presença de material genético do SARS-CoV-2 em superfícies sujeitas à alta manipulação. Material e métodos: Para tal, amostras de swab de superfície foram coletadas em 9 pontos do CIT SENAI e em 26 pontos em um hospital de atendimento à COVID-19 da grande Belo Horizonte. Foram utilizados swabs umedecidos em tampão de coleta e a amostragem foi realizada na maior área possível. Controles artificiais foram produzidos a partir de uma amostra positiva. Para os ensaios foram utilizados os parâmetros previamente validados para o RT-qPCR no laboratório a partir do protocolo CDC (alvos N1, N2 e RP). Resultados: Os controles artificiais produzidos em laboratório foram detectados em CTs aproximados de 33-34, sendo considerados satisfatórios para a técnica validada. Em relação aos pontos de amostragem do CIT SENAI, não houve detecção dos alvos virais, no entanto, foi observada alguma recuperação de material genético humano (RP). Na amostragem do hospital em apenas 8 pontos de coleta foram possíveis a recuperação de material genético humano RP dentro de um limite aceitável (CTs 35-37, sendo 35 o corte original validado para este alvo no laboratório). Em nenhum ponto amostrado foi recuperado material genético viral. Conclusão: Tendo em vista os dados apresentados é possível concluir que a detecção de SARS-CoV-2 em superfícies, apesar de possível, é improvável devido à estabilidade do vírus variar em diferentes tipos de superfícies. Fatores como temperatura, pH, luz solar e o uso de protocolos de limpeza diversos tendem a influenciar nesta estabilidade, não existindo um consenso absoluto sobre a sobrevivência do vírus em superfícies inanimadas.
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