ESTUDO DAS PROPRIEDADES ANTIBACTERIANAS DE UMA NAFTIRIDINONA CONTRA CEPAS DE INTERESSE CLÍNICO
Palavras-chave:
Escherichia coli, fluoroquinolonas, naftiridinonas, resistência bacteriana, Staphylococcus aureusResumo
Introdução: Com a ascensão do número de infecções causadas por bactérias multirresistentes (MDR) em escala global, são demandados novos compostos, de origem natural ou sintética, com eficácia na atividade antibacteriana, com o propósito de resolver este grave problema de saúde pública. Nesse sentido, os compostos heterocíclicos nitrogenados, como as naftiridinonas, têm demonstrado relevância em estudos microbiológicos. Objetivo: A presente pesquisa objetivou avaliar a atividade antibacteriana intrínseca da naftiridinona 7-acetamido-1,8-naftiridin-4(1H)-ona (1,8-NA) contra cepas MDR de interesse clínico. Material e métodos: Para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) da 1,8-NA realizou-se o método de microdiluição em caldo com as cepas multirresistentes Escherichia coli 06 e Staphylococcus aureus 10, com sua concentração variando de 1024 a 8 μg/ml. Os resultados apresentados neste estudo correspondem à média de três repetições (n=3) ± Erro padrão da média. Resultados: A 1,8-NA demonstrou CIM ≥ 1024 ± 0,58 μg/ml contra E. coli 06 e S. aureus 10, esta concentração é considerada como sem relevância clínica por pesquisadores, pois pode causar efeitos tóxicos ao organismo. Todavia, os valores obtidos na presente pesquisa estão em consonância com a literatura, tendo em vista que outros estudos com naftiridinonas demonstraram resultados semelhantes. Ademais, pesquisas indicaram que as naftiridinonas possuem a capacidade se ligar ao DNA bacteriano e inibir enzimas topoisomerases II, em um mecanismo de ação semelhante ao da classe das fluoroquinolonas, logo, supõe-se que as cepas testadas podem apresentar resistência à 1,8-NA assim como expressam para a classe de antibióticos em questão. Conclusão: Conclui-se que a 1,8-NA não possui atividade antibacteriana por ação direta contra as cepas multirresistentes E. coli 06 e S. aureus 10, entretanto, provavelmente pode apresentar potencial no desenvolvimento de novas drogas.
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