EFEITOS DA POSIÇÃO PRONA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA CAUSADA POR COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, chamado também de SARS-CoV-2. Cerca de 80% dos indivíduos infectados se recuperam sem precisar de tratamento hospitalar, entretanto, uma em cada seis pessoas infectadas por COVID-19 fica gravemente doente e evolui para dificuldade respiratória. A insuficiência respiratória (IR) representa a incapacidade do sistema respiratório de atender às necessidades metabólicas do corpo, causando dispneia. Uma estratégia de tratamento de pacientes com IR é a posição prona, que consiste em posicionar o paciente em decúbito ventral, o que deve resultar na melhora da relação ventilação/perfusão, da mecânica pulmonar e da parede torácica, melhorando a oxigenação. Objetivo: Verificar quais são os efeitos da posição prona em pacientes com insuficiência respiratória causada por COVID-19. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa e caráter descritivo-exploratório. Foi realizada uma busca nos bancos de dados PubMed, LILACS, SciELO e portal de periódicos Capes, utilizando as palavras-chave: decúbito ventral, COVID-19, infecção por coronavírus, insuficiência respiratória, síndrome do desconforto respiratório; e seus equivalentes em inglês. Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2020 e 2021. Foram encontrados 145 resultados a partir da combinação dos descritores, onde cinco atenderam aos objetivos do estudo e foram utilizados para essa revisão. Resultados: Dos cinco artigos selecionados, quatro foram realizados com pacientes não-intubados e um avaliou os efeitos da posição prona em pacientes em ventilação mecânica invasiva. A média de tempo na posição prona foi de, no mínimo, três horas, podendo chegar até 24 horas. A partir da análise dos periódicos foi possível verificar que o posicionamento prono promoveu uma melhora na oxigenação da maioria dos indivíduos estudados. Conclusão: Os estudos analisados demonstraram uma melhora da oxigenação nesses pacientes, evidenciados pelo aumento na pressão parcial de oxigênio, relação PaO₂/FiO₂ e saturação periférica de oxigênio. Também não foram encontrados efeitos adversos significantes durante a posição prona, o que pode demonstrar a segurança do tratamento para a população em questão.