A CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO MÃE E FILHO NA PRIMEIRA INFÂNCIA SOB O OLHAR SOCIAL COMO FUNDAMENTO DE SAÚDE MENTAL: CUIDAR DE QUEM CUIDA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3027Palavras-chave:
PRIMEIRA INFÂNCIA, SAÚDE MENTAL, MATERNIDADE, PSICOLOGIA SOCIALResumo
Introdução: Ao se tornar mãe, a mulher assume o papel de cuidadora primária. Sob a perspectiva familiar e social terá “naturalmente” que cuidar, no entanto, estará em um momento que também precisará ser, pelos demais, cuidada. Objetivo: Buscou-se analisar o impacto do início deste papel social da vida da mulher em sua saúde mental, e por consequência em sua qualidade de vida. Material e Métodos: Por meio de pesquisa bibliográfica, investigou-se através de material teórico para obter resultados qualitativos adquirindo dados para análises interpretativas e reflexivas sobre o tema em livros e artigos da área estudada. Resultados: Verificou-se que as cobranças modernas ainda giram em torno de um papel idealizado de uma mulher completa que deve conseguir ser mãe, esposa e profissional sem que em algum dos aspectos de alguma forma algum deles possa receber menos atenção o que, facilmente, passa a ser visto como negligência. Quando estas perspectivas sobre a mulher são colocadas em cheque as cobranças recaem sobre o papel de mãe, não apenas a cobrança familiar e social mas, sobretudo, cobrança pessoal, sobre si mesma. O que resulta em uma mulher sobrecarregada de obrigações e julgamentos, onde pressões sociais afetam sua vida causando adoecimento mental no período de puerpério. Conclusão: A construção da relação mãe e bebê precisa ser atravessada e sustentada por toda uma rede familiar, dando apoio para que o exercício da função materna não deva implicar necessariamente em abandono dos demais papéis que a mulher exerce, a saúde da mulher neste momento necessita da continuação de seus relacionamentos, porém, a partir de então, com vistas a receber maior suporte pessoal. Necessita de ajuda prática, de apoio emocional e social para se sentir cuidada e amparada ao passo que cuida e ampara. A sociedade não assiste a isto de forma neutra, como em todos os acontecimentos surgem, então, conselhos e opiniões, sejam eles embasados ou não, de como cuidar, de como voltar a rotina, é neste momento que quase naturalmente surgem as expectativas e julgamentos sobre a relação mãe e filho, gerando temores e ansiedade. “Nasce uma mãe, nasce a culpa”.
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