PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE UM CENTRO DE COMBATE À COVID-19 – C3 EM UM MUNICÍPIO DO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3019Palavras-chave:
COVID-19, CORONAVÍRUS, PANDEMIA, PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃOResumo
Introdução: A implantação de um serviço em meio a uma crise de saúde pública é um desafio desmedido mas que se fez necessário tendo em vista o momento de esgotamento da Rede de Atenção à Saúde - RAS e o aumento expressivo do numero de casos da COVID-19 em um município do Rio Grande do Sul. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo descrever a experiência exitosa de planejamento, implantação e operacionalização de um centro de referência para COVID-19 em um momento crítico da pandemia, onde a única UPA e o único Hospital do município estavam colapsados por falta de profissionais, leitos e equipamentos, exigindo do executivo municipal uma atitude. Materiais e Métodos: Num primeiro momento houve reunião com o Comitê de Crise do município, onde evidenciou-se a necessidade de aumentar a capacidade de atendimento à saúde da população, para tanto, montou-se uma ação conjunta entre o Gabinete do Prefeito, a Secretaria Municipal da Saúde e a Defesa Civil Municipal e, com o apoio das demais secretarias do governo e também do Exército Brasileiro, construiu-se e executou-se todo planejamento baseado na metodologia 5W2H. Quatro dias após o start na reunião com o Comitê de Crise deu-se a abertura do Centro de Combate à COVID-19 - C3, utilizando-se de um imóvel locado e de recursos materiais, humanos e financeiros da própria Secretaria Municipal da Saúde. Resultados: No primeiro mês o C3 somou 943 atendimentos, já no segundo mês 295 atendimentos, evidenciando-se redução significativa de procura de pacientes suspeitos e/ou sintomáticos respiratórios e o possível reestabelecimento da RAS. O C3 encerrou suas atividades atendendo em seu último dia de funcionamento apenas 5 pacientes. A ação que durou 68 dias foi de extrema importância, pois neste período o município saiu de uma situação de colapso para um cenário de baixa de todos os índices do município. Conclusão: A experiência possui capacidade de execução em qualquer município onde a situação de calamidade pública gere esgotamento da RAS. A ação possibilitou a integração de diferentes equipes do executivo municipal, que unidas em prol de uma mesma causa foram incansáveis para planejar, implantar e operacionalizar o serviço.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br