PANDEMIA DE COVID-19 E SEU REFLEXO NA LISTA DE PACIENTES À ESPERA DE UM TRANSPLANTE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2862Palavras-chave:
COVID-19, LISTA DE ESPERA, TRANSPLANTEResumo
Introdução: O Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por cerca de 96% desses transplantes. Apesar disso, milhares de pessoas aguardam na lista de espera. Durante a pandemia de COVID-19, devido a múltiplos fatores, houve uma redução do número de transplantes no país. Além disso, o acesso ao serviço de saúde para acompanhamento e tratamento de outras cormobidades foi muito prejudicado. Como terá sido o reflexo dessas mudanças na lista de espera por um transplante? Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar a influência da pandemia de COVID-19 no número de pacientes ativos em lista de espera por um transplante no Brasil. Material e métodos: Trata-se de um estudo comparativo entre os dados apontados em setembro de 2019, dezembro de 2020 e junho de 2021, pelo Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), sobre o número de pacientes ativos em lista de espera por um transplante. Resultados: Em setembro de 2019, antes da pandemia de COVID-19, haviam 36.468 pacientes, 744 pediátricos, ativos em lista de espera. Em dezembro de 2020 esse número aumentou aproximadamente 25,2% e 21,2% nos pacientes pediátricos, tornando-se 43.642 e 902, respectivamente. Já em setembro de 2021 aguardavam na lista 45.664 paciente, 865 pediátricos. Sendo assim, de dezembro de 2020 a setembro de 2021 houve um amento de aproximadamente 4,6% no número de pacientes em lista e redução 4,1% nos paciente pediátricos. Conclusão: O impacto negativo da pandemia de COVID-19 elevou preocupantemente o número de pacientes em lista de espera por um transplante. O atual cenário nos leva a refletir sobre a necessidade constante de aprimoramento das políticas públicas de saúde visando tanto em melhorias diretamente relacionadas ao transplante quanto na educação da população sobre o tema e também na universalidade. Pois, não apenas as sequelas da COVID-19 e a redução no número de transplantes contribuíram para o aumento desses números, mas dificuldade do acesso aos serviços de saúde e a falta de acompanhamento adequado dos pacientes, principalmente os crônicos, também contribuiu para o aumento desses números.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br