EFEITO DO DIABETES MELLITUS SOBRE A FUNÇÃO CARDÍACA FETAL - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

Introdução: Diante da elevação de morbidades, principalemente obesidade, que propiciam o desenvolvimento de Diabetes Mellitus (DM) em mulheres com capacidade reprodutiva é importante compreender a repercussão suscitada por essa patologia no feto quanto ao comprometimento do sistema cardiovascular (SC). Objetivo: Associar a DM tipo 1, 2 e a Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) com os aspectos da injúria funcional e estrutural cardíaca fetal. Material e métodos: Revisão bibliográfica foi realzada por viés da análise de artigos na língua espanhola e portuguesa indexados nas plataformas Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), PUBMED e Google Acadêmico. Resultados: Filhos de mães diabéticas apresentam maiores chances de teratogênese, sendo dessas 50% cardíacas, principalmente se picos hiperglicemicos ocorrem nas primeiras 7 semanas de gestação. Destaca-se a transposição das grandes artérias, dupla via de entrada do ventrículo direito, Truncus Arteriosus, síndrome da hipoplasia do ventrículo esquerdo, comunicação interventricular, cardiomegalia e a hipertrofia miocárdica. Primariamente, tais patologias surgem em decorrência da hiperglicemia crônica e hiperinsulemia fetal e secundariamente, pelo aumento da síntese de gorduras e proteínas ocasionado por descontrole glicêmico. Ressaltando a hipertrofia do miocárdio como decorrência do armazenamento de glicogênio no septo interventricular. Conclusão: Devido ao efeito negativo da DM tipo 1, tipo 2 ou gestacional no SC fetal é fundamental realizar a prevenças das mulheres que anseiam em ser mães, quando gestantes é importante a prática da triagem, diagnóstico e tratamento das gestantes com algum grau de risco a disglicemia, assim como a monitorização ecocardiográfica fetal a fim de reduzir possíveis injúrias fetais.