INTERSETORIALIDADE E VIOLÊNCIAS: FORTALECENDO O DIÁLOGO NA REDE SUAS E SUS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2804Palavras-chave:
VIOLÊNCIA, INTERSETORIALIDADE, DIÁLOGOResumo
Introdução: A violência configura-se como um fenômeno social, até mesmo cultural, no tocante a interferência patriarcal, com importantes prejuízos no processo de subjetivação do sujeito, necessitando uma atuação mais sólida e do fortalecimento das políticas públicas, por isso, seus impactos são considerados como uma questão de saúde pública. Debruçarmo-nos melhor a respeito desta questão, pois a dimensão e nuances das formas de violência podem repercutir no manejo e reconhecimento das situações, implicando na forma de atuação profissional, consequentemente, na subnotificação dos casos de violência. Apresentamos este relato de experiência sobre a intersetorialidade e tipos de violências, na perspectiva de fortalecer o diálogo na rede SUAS e SUS do município de Abreu e Lima – PE. Objetivo: Discutir a temática violência, em busca da quebra de estereótipos e tabus para os trabalhadores do SUAS e SUS do município de Abreu e Lima, com intuito do melhor acolhimento das pessoas em situação de violência. Relato de experiência: A experiência configurou-se da seguinte maneira: foram realizados 04 encontros, divididos entre articulações e palestras educativas para 65 profissionais da Saúde (ESF/SUS - médicos, enfermeiras, dentistas e NASF/SUS - educador físico, nutricionista, assistente sociais, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga) além de 10 profissionais da Assistência Social (psicólogas, assistentes sociais, e representante da vigilância socioassitencial). Na exposição do conteúdo, conhecemos as vivências expostas pelos profissionais; estudos de casos foram citados como exemplos; esclarecemos dúvidas sobre denúncias anônimas e rede de acompanhamento SUAS; além de esclarecimentos sobre ficha de notificação e agravo, somado ao fluxograma municipal, onde pudemos estabelecer o fluxo na rede SUAS do referido município. Tanto a inibição ou pouca participação do público alvo da saúde, quanto os diversos questionamentos dos profissionais da rede SUAS, evidenciaram que a maioria deles sentiam-se inseguros para atender e acolher as pessoas em situação de violência. Considerações Finais: A intervenção foi de benefícios, pois contribuiu para melhoria do exercício profissional dentro do cenário saúde e assistência social, quebrou tabus e potencializou a rede de acolhimento, assim os profissionais puderam adquirir mais confiança aos procedimentos cabíveis de acordo com o surgimento das demandas, indo além do seu atendimento individualizado, sabendo que podem ter apoio na rede Intersetorial.
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