IMPACTO DA COVID-19 EM PACIENTES COM HANSENÍASE

Autores

  • Renata Albuquerque da Silva
  • Dyanne Katya Pereira Freitas
  • Rafaela Vieira de Souza

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/2748

Palavras-chave:

ERITEMA NODOSO HANSÊNICO, MYCOBACTERIUM LEPRAE, NEUTRÓFILO, SARS-COV-2

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo agente etiológico Mycobacterium leprae, esta patologia é endêmica em muitos países e afeta, principalmente o tecido epitelial e os nervos periféricos. A Covid-19, Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2), é uma doença recentemente descoberta que afeta principalmente o sistema respiratório humano. Há uma preocupação no monitoramento de pacientes com hanseníase durante a pandemia de Covid-19, pois a rotina dos atendimentos em saúde foi alterada com restrições a serviços não essenciais e recomendações de isolamento social. Objetivo: Identificar os possíveis impactos que a coinfecção M.leprae-SARS-CoV-2 pode ocasionar em pacientes portadores de eritema nodoso leproso (ENL). Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura sobre a temática em artigos publicados no período de 2019 a 2021. Foram utilizados artigos indexados nos bancos de dados: Lilacs, Medline; SciELO e Pubmed. Foram considerados todos os estudos experimentais, observacionais e revisões bibliográficas nacionais e internacionais publicadas. As palavras-chaves utilizadas foram: Covid-19; Hanseníase; Neutrófilos; Covid e ENL. Os artigos mais relevantes foram utilizados na elaboração deste resumo. Resultados: Pacientes com ENL frequentemente apresentam sintomas semelhantes a pacientes com Covid-19, como disfunção olfatória, lesões hepáticas, altos níveis de marcadores NET (redes extracelulares de neutrófilos) séricos, alteração na relação neutrófilo/linfócito e neutrofilia. Pacientes com hanseníase podem ter níveis elevados da DHL e tratamento com talidomida, independentemente da dose, sobretudo em associação com corticosteroides devem, ser considerados como pacientes de maior risco ao desenvolvimento de formas graves da COVID-19. Estudos até o momento publicados não detectaram pacientes coinfectados com hanseníase nas formas graves da doença. Conclusão: Há registro da diminuição de casos de Hanseníase, mas há uma preocupação com a subnotificação decorrente da restrição dos atendimentos de saúde na pandemia. Além disso, as consequências de uma coinfecção M.leprae-SARS-CoV-2 ainda estão sendo investigadas e é necessário que sejam tomadas medidas de prevenção e proteção, como vacinação, campanhas de conscientização, divulgação de informações e principalmente, monitoramento de pacientes com hanseníase.

Publicado

2021-12-15

Como Citar

Silva, R. A. da ., Freitas, D. K. P. ., & Souza, R. V. de . (2021). IMPACTO DA COVID-19 EM PACIENTES COM HANSENÍASE. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 122. https://doi.org/10.51161/rems/2748

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line

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