DESAFIOS ENFRENTADOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA OFERTA DO ATENDIMENTO HUMANIZADO AO PACIENTE SURDO.
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2630Palavras-chave:
COMUNICAÇÃO, ENFERMAGEM, SURDEZResumo
Introdução: A exclusão da sociedade sob a comunidade surda reflete diretamente na assistência oferecida nos serviços de saúde. Devido à falta de conhecimento da Língua Brasileira de Sinais, a equipe de enfermagem não se sente qualificada para oferecer um atendimento humanizado ao paciente surdo, o que torna a consulta insatisfatória para ambos os lados. Por isso, os servidores buscam outros mecanismos como a comunicação escrita, uso de mímicas, presença de acompanhante e leitura labial. Estes métodos são adotados devido à falta de estratégias oferecidas pelo gerenciamento público junto aos serviços de saúde, o que reflete na carência da disciplina de Libras durante a formação acadêmica de tais profissionais, além da falta de cursos específicos e reconhecimento, tanto moral quanto financeiro, no ambiente de trabalho. Objetivo: O presente artigo visa expor os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem durante o atendimento ao paciente surdo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo resumo simples. Para fundamentação teórica realizou-se uma revisão nas plataformas do Google Acadêmico, Scielo, LILACS e BVS. Resultados: No campo prático, o atendimento é restringido em razão da falta de diálogo interpessoal entre a equipe multidisciplinar e usuário, criando um impasse na expressão e reconhecimento do seu processo de saúde-doença, o que impossibilita o acolhimento e o atendimento humanizado. O acesso à informação caracteriza-se como um mecanismo fundamental no bem-estar biopsicossocial por permitir que os usuários conheçam, de forma esclarecida, os direitos e serviços que lhe são assegurados, além de tratamentos disponíveis e meios de prevenção. Há diversos fatores pelos quais os profissionais não buscam qualificação na língua brasileira de sinais, entre eles a falta de incentivo, questões orçamentárias, jornada de trabalho exaustiva, e falta de informações sobre a necessidade de saber a língua, são os mais relevantes. Diante disso, as consequências são identificadas por meio da fragilidade e quebra do vínculo entre profissional e paciente, diagnósticos errôneos e insegurança com o tratamento proposto. Conclusão: Este trabalho trouxe contribuições científicas na área da comunicação em saúde, ressaltando a importância da formação em Libras durante a graduação de enfermagem e as fragilidades advindas do não conhecimento da língua.
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