IMPACTOS DA PANDEMIA COVID-19 NO MANEJO DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EXTRA-HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2607Palavras-chave:
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA, EXTRA-HOSPITALAR, COVID-19, SERVIÇOS DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAResumo
Introdução: A pandemia do vírus SARS-CoV-2 está levando à reorganização dos serviços de saúde, de modo a assistir pacientes com tal infecção e limitar sua propagação. Implementado pela American Heart Association (AHA), o protocolo clínico de atendimento à Parada Cardiorrespiratória Extra-Hospitalar foi revisado. Essa mudança fez-se necessária, pois, a prática da Reanimação Cardiopulmonar (RCP) representa um risco particularmente alto de geração de aerossóis, ocasionando possibilidade de transmissão da doença para os profissionais. Destarte, os serviços de emergência adaptaram-se às medidas necessárias para melhor prestação de atendimento. Objetivo: Elucidar os impactos da pandemia pelo SARS-CoV-2 no manejo da Parada Cardiorrespiratória Extra-Hospitalar. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica, com busca de dados realizada no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): COVID-19; Parada Cardíaca Extra-Hospitalar. Com o cruzamento desses descritores, obteve-se 102 publicações. Após os filtros, foram selecionadas 31 publicações, considerando os seguintes critérios de inclusão: textos disponíveis, completos; em língua portuguesa e inglesa; entre 2019 e 2021. Foram considerados como critérios de exclusão: artigos duplicados ou fora da temática. Resultados: Definido como o intervalo de tempo entre manifestação de um pedido de socorro e chegada da equipe ao local do incidente, o tempo de resposta à Parada Cardiorrespiratória (PCR) foi afetado pela pandemia. Os fatores associados incluem necessidade de: coleta de informações sobre os sintomas da COVID-19 e histórico de exposição do paciente; e paramentação com Equipamento de Proteção Individual (EPI). Ademais, medidas para minimizar a geração de aerossóis e a redução da equipe, influenciaram no tempo de permanência dos socorristas no local, o que retarda a chegada à unidade de saúde. Outrossim, evidenciou-se uma taxa menor de início de RCP por pessoas presentes no local, sendo o medo de contrair infecção por SARS-CoV-2 o principal obstáculo. Conclusão: Podendo levar à piores desfechos, os impactos indiretos da pandemia devem ser considerados na estratégia de saúde. Outras pesquisas sobre este tópico devem enfocar os efeitos a longo prazo da pandemia COVID-19 no fornecimento de socorro e desenvolvimento de intervenções eficazes de saúde pública, para prevenir tais efeitos em casos de pandemias recorrentes.
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