CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DAS TALASSEMIAS ALFA E BETA NO ESTADO DO PARÁ E AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE GENES MODIFICADORES NA GRAVIDADE CLÍNICA DA TALASSEMIA BETA
Palavras-chave:
genes modificadores, manifestações clínicas, talassemia alfa, talassemia betaResumo
Introdução: Estudos sobre talassemias são importantes, pois acredita-se que haja subnotificação de casos brasileiros. A maioria dos indivíduos com talassemia-α apresenta fenótipos clínicos muito leves e podem não ser notados durante a vida, já a talassemia-β menor é frequentemente mal diagnosticada e apresenta manifestações clínicas muito discretas. Vários fatores são conhecidos por dificultar a interpretação dos resultados interferindo no diagnóstico laboratorial das talassemias, dentre eles os que estão associados ao aumento de HbA2, como mutações no gene KLF1. Deve-se ressaltar que o KLF1 é um ativador da expressão de BCL11A que, por sua vez, suprime a expressão de HBG2/HBG1, e que o fator de transcrição MYB ativa o KLF1. Objetivo: Caracterizar molecularmente as talassemias alfa e beta nos pacientes atendidos no HEMOPA e avaliar os efeitos de genes modificadores na gravidade das manifestações clínicas da talassemia beta. Material e Métodos: As amostras são constituídas pelo sangue periférico de pacientes do HEMOPA com suspeita de talassemia. O critério de inclusão para participação no estudo foi: pacientes do HEMOPA que apresentaram índices hematimétricos característicos de hipocromia e microcitose, sem sideropenia. Os níveis de HbF e HbA2 foram dosados pelo método de HPLC, e está sendo realizado a extração de DNA para estas amostras. A investigação molecular das mutações para talassemias será realizada da seguinte forma: para talassemia β, o sequenciamento direto do gene da globina beta, analisando-se as 10 principais mutações que causam essa síndrome; e para a talassemia α, a técnica de Amplificação de Múltiplas Sondas Dependente de Ligação (MLPA). Será realizada a genotipagem de polimorfismos escolhidos, localizados na região promotora do gene HBG2, na região intergênica HBS1L-MYB, no gene BCL11A e no gene KLF1. Resultados: Este trabalho ainda está sendo desenvolvido. As análise de dados serão executadas por meio do programa S.PS.S., no qual os níveis de significância estabelecidos para os testes serão de 5% (p<0,05). Conclusão: Após a obtenção dos resultados será possível estabelecer um painel de modificadores genéticos para informar o prognóstico e orientar o direcionamento para o tratamento da talassemia-β, além de atualizar a caracterização das bases moleculares da talassemia-β e –α na Região Amazônica.
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