CYNICLOMYCES GUTTULATUS EM CANINOS: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2388Palavras-chave:
CYNICLOMYCES GUTTULATUS, DIARREIA, FUNGOResumo
Introdução: O Cyniclomyces Guttulatus é um fungo ascomiceto do filo Ascomycota integrante da microbiota gastrointestinal de lagomorfos, roedores e frequentemente é observado em fezes de cães clinicamente normais. O fungo está associado a infecções oportunistas em cães, levando o animal a quadros de diarreia crônica e vômito. Reside na mucosa do fundo gástrico e piloro e são liberados pelo trato gastrointestinal no ambiente onde permanecem viáveis por um longo período de tempo, pois possuem a habilidade de formar ascósporos. Objetivo: Relatar sobre o Cyniclomyces Guttulatus em caninos no Brasil e no mundo atualmente. Material e Métodos: O presente artigo trata-se de uma revisão de literatura, entre 2010 e 2021, ressalvo artigos históricos, sendo os mesmos em inglês e/ou português, das bases de dados veterinary microbiology, PubVet, SciELO e Bull Soc Pathol Exot, utilizando para pesquisa as palavras: fungo, cães, fezes. Resultados: O Cyniclomyces Guttulatus foi descrito em várias regiões do mundo. Um estudo realizado na Holanda observou-se incidência de C. guttulatus em fezes de 18% (25/140) de cães saudáveis e 19% (57/300) de cães com diarreia. No Brasil, há relato de uma frequência de 2,26% em um estudo onde foram analisadas amostras de fezes de 221 cães domiciliados atendidos em serviço de saúde animal do Rio de Janeiro, RJ. Os principais sinais clínicos são diarreia crônica ou aguda e vômito. O exame coproparasitológico é a principal forma de diagnóstico e o tratamento é feito com antifúngico sistêmico de amplo espectro e baixo efeito tóxico. Pelo fato de ser encontrado nas fezes de cães saudáveis, alguns autores, sugerem que C. guttulatus seja um agente oportunista, não sendo a causa primária e pode ser decorrente da queda da imunidade destes animais, permitindo sua infecção. Conclusão: Podemos concluir que C. guttulatus é um microrganismo comum em cães hígidos. Portanto fica claro a necessidade de incluí-lo na lista de diagnóstico diferencial de diarreia crônica em cães.
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