PREVALÊNCIA DA TUNGA PENETRANS EM PEQUENOS ANIMAIS DO BRASIL: UM AGENTE ETIOLÓGICO NEGLIGENCIADO COM POTENCIAL ZOONÓTICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2384Palavras-chave:
CÃES, GATOS, ECTOPARASITAS, TUNGÍASEResumo
Introdução: Tunga penetrans é uma espécie de pulga, pertencente a ordem Siphonaptera, família Tungidae, conhecida como bicho de pé. A fêmea, é áptera, hematófaga e possui cabeça afilada, permitindo a penetração nas camadas mais superficiais na pele dos seus hospedeiros, causando uma doença denominada Tungíase, que acomete mamíferos como o ser humano, além de cães e gatos. Gerando uma resposta inflamatória local, com saída espontânea do parasita evidenciando uma perda de tecido no local da lesão, após expelir os ovos no ambiente, dando início a um novo ciclo de vida, infestando novos hospedeiros. Objetivos: Realizar um levantamento dos trabalhos que estabeleceram a prevalência da T. penetrans em pequenos animais em regiões do Brasil. Material e Métodos: A coleta de dados foi realizada com base em artigos científicos indexados na base de dados do Google Acadêmico, publicados entre os anos de 2003 a 2018, utilizando descritores como: prevalência, T. penetrans, pequenos animais e Brasil. Resultados: Foram encontrados 6 trabalhos e dentre eles, 3 foram selecionados por abordar a temática proposta. A pulga é endêmica no Brasil e todas as unidades federativas já registraram casos da doença, porém informações na literatura são escassas quanto a frequência e distribuição dessa afecção em pequenos animais, sendo a maioria dos trabalhos, relacionada com a presença desse ectoparasita em humanos que habitam assentamentos urbanos precários, áreas rurais e comunidade de pescadores. Em 2013, uma comunidade do Amazonas, apresentou 75.6% dos cães acometidos pelo parasita. De maio de 1998 a fevereiro de 1999, município de Araruama, Rio de Janeiro, 35.6% dos cães e 0.9% dos gatos apresentavam a doença. E em dezembro de 2010 a agosto de 2011, no entorno da Serra de São José, Minas Gerais, 4.2% dos cães foram identificados com a doença. Conclusão: Os valores de prevalência variam de acordo com cada região do país, destacando o cão como a principal fonte de contaminação para os humanos, do que em relação aos gatos. Solos arenosos e clima quente, são propícios para a disseminação desse agente. Sendo assim, a implementação de medidas profiláticas no ambiente é necessária, para tentar interromper o ciclo da doença.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br