ALZHEIMER E SEU NOVO RETRATO BRASILEIRO

Autores

  • Isabelle Moraes Ribeiro
  • Mônica Moraes Ribeiro

Palavras-chave:

Alzheimer, estudo epidemiológico, incidência

Resumo

Introdução: este estudo favorece o entendimento de que a proporção de casos de Alzheimer vigentes em um determinado país possibilita análises socioeconômicas e culturais, assim como investigações em saúde do idoso e a atuação de políticas públicas. Objetivo: verificar a incidência hodierna da doença em indivíduos da terceira idade no território brasileiro. Métodos: para a efetivação do estudo epidemiológico, dados oficiais do sítio eletrônico DATASUS foram coletados, sendo estes referentes ao período de 1998 até 2019. O cálculo da taxa de incidência foi realizado de acordo com os conceitos de indicadores de morbidade da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Resultados: entre o ano de 2015 e o ano de 2019, o número de casos da faixa etária de 70 a 79 anos para o Alzheimer obteve uma redução que varia de 7/ 100.000 habitantes deste intervalo etário, em 2015, para 5,4/ 100.000 habitantes em 2019, o equivalente a 22,86% de atenuação. Para idosos com 80 anos em diante, observou-se uma diminuição que vai de 26,6/ 100.000 habitantes enquadrados, em 2015, para 22,1/ 100.000 habitantes em 2019, resultando em 2,21% de amenização. Neste mesmo período, a população com mais de 70 anos vem incrementado paralelamente. Outrossim, entre 1998 a 2018, a taxa de internação hospitalar por Alzheimer da população total aumentou de 0,14/ 100.000 hab para 0,74/ 100.000 hab. Conclusão: principiando do acréscimo da população idosa brasileira, fato que indica o aumento da expectativa de vida, juntamente aos dados que explicitam menor proporção de casos de Alzheimer, pode-se afirmar uma melhoria do cenário atual da doença, que pode se dar por meio de modificações no cotidiano da terceira idade (a qual se disponibiliza mais para o mercado de trabalho e, portanto, realiza mais atividades físicas e mentais), assim como evidencia o desuso do tabaco, provedor da enfermidade. Ademais, o decréscimo de casos ocorrentes e o aumento de registros hospitalares de internação são ferramentas que podem sugerir uma melhoria na promoção em saúde, informação e tecnologia. Tal realidade é alvo de reflexão sobre a maneira em que as políticas públicas devem se renovar diante a este cenário.

Publicado

2020-07-01

Como Citar

Moraes Ribeiro, I., & Moraes Ribeiro, M. . (2020). ALZHEIMER E SEU NOVO RETRATO BRASILEIRO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(2), 31. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/199