PREPARO E CONSERVAÇÃO DE PEÇAS ANATÔMICAS ANIMAIS UTILIZANDO A TÉCNICA DE TEREBENTINA EM ESTÔMAGO E INTESTINO DE CÃES

Autores

  • Isabella Ribeiro Santoro
  • Renata Avancini Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1936

Palavras-chave:

ANATOMIA, CÃO, CONSERVAÇÃO, SISTEMA DIGESTÓRIO, TEREBENTINA

Resumo

Introdução: O processo de conservação de cadáveres existe desde o antigo Egito, e desde então as técnicas para realização deste recurso estão em ampla busca por aperfeiçoamento, já que com a conservação de peças é possível o estudo anatômico dos elementos que constituem os corpos. A anatomia animal, apesar de constituir uma disciplina do ciclo básico de formação do Médico Veterinário, constitui uma importante ferramenta na elaboração do diagnóstico e no sucesso da escolha da conduta clínica e cirúrgica. No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. Objetivo: O objetivo do projeto foi reproduzir a técnica de terebentina para analisar a viabilidade da substituição do formaldeído em peças anatômicas animais. Material e métodos: Para a conservação dessas peças, o método mais usual é constituído pela utilização de formol, sendo esta uma substância altamente tóxica, seja por inalação, ingestão ou contato com a pele. Seu uso foi intenso pelo baixo custo, fácil penetração nas peças e ação rápida como fixadora. Entretanto, tem cheiro irritante, lesa mucosas e pele, além disso, tem potencial cancerígeno e teratogênico. Em estudo utilizando o método de conservação com terebentina, peças anatômicas foram submetidas ao congelamento e descongelamento que, após o último descongelamento, foi passada uma camada de terebentina deixando secar a sombra, apresentando resultados de peças desidratadas e com aspecto íntegro, sem alterações na sua constituição original, portanto, adequadas para a demanda de ensino-aprendizagem. Resultados: As peças anatômicas apresentaram-se enrijecidas, leves e secas, através da terebintina, apresentando-se como uma técnica ambientalmente favorável, pois reduz a necessidade de aquisição e descarte do formaldeído, além de baixo custo. Conclusão: Diversas técnicas de conservação anatômica, além da formolização, apresentam inúmeras vantagens e desvantagens, mas diante dos resultados obtidos com a técnica de terebentina, o estudo anatômico do sistema digestório tornou-se mais agradável em seu desenvolvimento como peça anatômica e posterior meio de estudo, além do baixo custo para sua elaboração. Assim, conclui-se que a técnica de terebentina para fins de estudo anatômico, apresenta-se significativamente vantajosa em relação a técnica baseada no formaldeído.

Publicado

2021-09-06

Como Citar

Santoro, I. R. ., & Fernandes, R. A. . (2021). PREPARO E CONSERVAÇÃO DE PEÇAS ANATÔMICAS ANIMAIS UTILIZANDO A TÉCNICA DE TEREBENTINA EM ESTÔMAGO E INTESTINO DE CÃES. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 115. https://doi.org/10.51161/rems/1936

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais