AVALIAÇÃO DO EFEITO DO EXTRATO BRUTO DE ACMELLA OLERACEA CONTRA CEPAS DE CANDIDA SPP. E CRYPTOCOCCUS GATTII
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1930Palavras-chave:
ANTIFÚNGICO, ANTIMICROBIANO, FITOTERAPIA, JAMBUResumo
Introdução: Os fungos são causadores de significativa morbidade entre pessoas e animais, tornando- se cada vez mais resistentes às medicações alopáticas existentes, fazendo-se necessário encontrar medidas alternativas para obtenção de um tratamento eficiente e seguro. A Acmella oleracea (Jambu) é uma planta nativa da região amazônica, utilizada na medicina popular local para tratamento de diversos males. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi avaliar “in vitro” o efeito antifúngico do extrato bruto contra cepas de Candida spp e Cryptococcus gattii. Materiais e métodos: Foi utilizado o extrato bruto (EB) de Acmella oleracea cultivada nas dependências da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), entre agosto e novembro de 2019. Após a colheita, a planta passou por processos de desidratação. O potencial antimicrobiano foi medido utilizando as seguintes técnicas: disco-difusão (Kirby-Bauer) com discos brancos estéreis contendo 15????g de EB, a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) foram quantificadas pela metodologia de microdiluição seriada. Para os testes, foram utilizadas as seguintes cepas: Candida parapsilosis, Candida glabrata, Candida tropicalis, Cryptococcus gattii 178 e Cryptococcus gattii 179. Resultados: Segundo o teste de disco-difusão o EB apresentou resultado positivo para 100% das cepas testadas. Já no CIM o EB apresentou os seguintes resultados: C. parapsilosis (50%); C. glabrata (100%); C. tropicalis (100%); C. gattii 178 (50%) e C. gattii 179 (50%). Para o CFM os resultados foram: C. parapsilosis (50%); C. glabrata (100%); C. tropicalis (100%); C. gattii 178 (50%) e C. gattii 179 (50%). Conclusão: O EB apresentou efeito antifúngico “in vitro” contra cepas testadas de Candida spp e Cryptococcus gattii, mostrando-se como uma opção viável para pesquisas futuras “in vivo”, visando tratamento antifúngico. Pesquisas relacionadas ao uso “in vivo” e “in vitro” com cepas isoladas de casos clínicos, assim como viabilidade econômica na produção de produtos fitoterápicos, tornam-se necessárias para melhor elucidar os efeitos benéficos de A. oleracea para saúde.
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