MICOBACTERIOSE CUTÂNEA FELINA - AS DIFICULDADES DO TRATAMENTO

Autores

  • Emanuele Aragao Silvério
  • Jamyle Rosa Bezerra Dos Santos
  • Marcio Ferrari Paroni

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1910

Palavras-chave:

DERMATOPATIA, FELINO, MICOBACTERIOSE, TRATAMENTO

Resumo

Introdução: A micobacteriose tegumentar em felinos é incomum na rotina de Clínica Médica em Medicina Veterinária, podendo citar uma série de outros diagnósticos diferenciais e mais típicos. Apesar do Mycobacterium spp. ser um bacilo ácido-resistente, pode ser confundido estruturalmente com fungos e seu diagnóstico é raro. Sabe-se ainda que seu crescimento possui uma variação em meios específicos, o que dificulta ainda mais a solicitação de exames laboratoriais. Origina-se de feridas lacerativas cutâneas, traumáticas ou contaminadas, e o tratamento se faz de maneira complexa e multifatorial, na qual o uso contínuo de antibióticos por semanas ou até meses consegue suprimir tal patógeno. Objetivo: O trabalho tem como objetivo pontuar as possibilidades de tratamento dessa infecção em gatos, discutindo resultados de culturas e antibiogramas juntamente com suas respostas associadas a informações obtidas na literatura. Materiais e Métodos: Foi atendido um felino, fêmea, jovem-adulta de 3 anos que apresentava uma ferida ulcerada em região lateral de fêmur que não cicatrizava há 2 meses, encaminhado de colega Veterinário. Resultados: Através de protocolos de tratamento de feridas, e posteriormente, mesmo após tentativas de excisões cirúrgicas, teve persistências e recidivas. Nos exames de cultura bacteriana e antibiograma, que apresentaram diagnóstico de Mycobacterium spp, houve suscetibilidade a alguns antibióticos, porém após meses de uso, mostraram-se ineficazes. Após ser utilizado dois ciclos de antibióticos sem a esperada eficácia, optou-se por associação de fluorquinilona e tetraciclina, que em literatura, auxiliam na remissão da bactéria, mesmo que no antibiograma fosse “resistente”. Decorreram-se 18 meses dos tratamentos, ressaltando-se que a paciente era positiva do Vírus da Imunodeficiência Felina, o que dificultou no processo de recuperação. Conclusão: No final houve melhora visual das lesões, porém com efeitos nocivos colaterais presentes no paciente, como alterações renais e anemia. A mesmo veio a falecer antes mesmo de acabar este relato.

Publicado

2021-09-04

Como Citar

Silvério, E. A. ., Santos, J. R. B. D. ., & Paroni, M. F. . (2021). MICOBACTERIOSE CUTÂNEA FELINA - AS DIFICULDADES DO TRATAMENTO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 91. https://doi.org/10.51161/rems/1910

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais