LÚPUS ERITEMATOSO DISCOIDE CANINO- RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1868Palavras-chave:
AUTOIMUNE, DIAGNÓSTICO, LÚPUS ERITEMATOSOResumo
Introdução: O complexo Lupus eritematoso (LE) acomete humanos gatos, equinos e cães e é a segunda dermatopatia autoimune que mais acomete este último grupo e pode se apresentar como lúpus eritematoso sistêmico (LES) e lúpus eritematoso discoide (LED). No segundo caso, o animal apresenta despigmentação, eritema e descamação nas áreas acometidas, podendo em casos crônicos serem observadas úlceras. Além disso, possui um diagnóstico desafiador devido à especificidade do exame e às características lesionais da enfermidade que são semelhantes a outras doenças dermatológicas. Ademais, o diagnóstico se dá por meio da anamnese, histórico, exame físico e exame histopatológico. Como a doença é autoimune e não possui cura definitiva, realiza-se o controle com a utilização de drogas imunossupressoras e restrição á luz solar. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo relatar a ocorrência de Lúpus eritematoso discóide em um cão e descrever os principais sinais clínicos. Metodologia: Foi atendido no hospital veterinário de Belém um cão, fêmea, sem raça definida (SRD), pesando 15,8 kg, com 4 anos, onde o tutor relatou a presença de feridas na região ocular, membros inferiores, além de áreas de alopecia bilateral. No exame físico o animal apresentou estado geral reservado, 37,2°C, tempo de preenchimento capilar > 2 segundos e mucosas normocoradas. Foram solicitados hemograma, perfil bioquímico, ELISA e RIFI para leishmaniose e citologia das áreas afetadas. Resultados: No hemograma e perfil bioquímico não houveram alterações significativas, além disso o resultado do ELISA e RIFI foram negativos para leishmaniose e na citologia observou-se degeneração hidrópica da camada basal e inúmeros queratinócitos necrosados. Com o resultado dos exames e sinais clínicos, estabeleceu-se o diagnóstico de lúpus eritematoso discoide e iniciou-se o tratamento com anti-inflamatório esteroidal, protetor hepático, ômega 3 e antifúngico local. O animal segue em acompanhamento. Conclusão: Dessa forma pode-se concluir que o lúpus eritematoso discoide é uma doença recorrente na clínica médica veterinária, porém é subdiagnosticado, afetando diretamente a qualidade de vida do animal.
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