MASTOCITOMA CANINO: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1834Palavras-chave:
CUTÂNEA, CÃES, MASTÓCITOS, NEOPLASIAResumo
Introdução: As afecções oncológicas possuem grande incidência na clínica médica dos animais de companhia. Em cães, um dos tumores malignos mais diagnosticados é o mastocitoma, que representa 20% dos casos. Trata-se de uma patologia multifatorial, que ocorre em animais de qualquer faixa etária, mas principalmente em adultos com idade média de oito a nove anos. Cães braquicefálicos são mais acometidos, entretanto pode-se observar a doença em outras raças como Boxer, Golden Retriever e Labrador. Objetivos: Diante do aumento no número de pacientes oncológicos na clínica veterinária, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão de literatura em busca da compreensão sobre o mastocitoma, sua patogenia, diagnóstico e tratamento. Material e métodos: Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica a partir das plataformas – Google acadêmico, SciELO e Pubvet; entre o período de 2013 a 2021. Resultados: A forma cutânea do mastocitoma é a mais apresentada pelos pacientes, principalmente em derme e tecido subcutâneo. Pode se manifestar em um único nódulo de comportamento benigno, assim como em múltiplos nódulos metastáticos, afetando principalmente membros posteriores. A nodulação pode ser granulomatosa ou ulcerativa, possuindo ou não aspecto avermelhado e prurido. Sua classificação é de baixo a alto grau de malignidade e o tratamento se baseia de acordo com a classificação histopatológica e o estadiamento da doença. A causa do mastocitoma é desconhecida, todavia, sabe-se que o receptor tirosina-quinase c-KIT está envolvido. O diagnóstico é realizado a partir dos exames citológico e histopatológico, sendo este último indicado para classificar o grau de malignidade. A punção aspirativa por agulha fina é o método de escolha para o exame. A excisão cirúrgica é o tratamento mais efetivo, desde que realizado com margens de segurança. A quimioterapia pode ser realizada de forma conjunta para cito-redução ou como adjuvante em casos de mastocitomas de grau II ou III, que também podem exigir tratamento medicamentoso onde se emprega o uso de vimblastina, prednisona, ciclofosfamida e lomustina. Radioterapia e terapias complementares também podem ser empregadas. Conclusão: Portanto, é fundamental que seja realizada uma avaliação dos fatores prognósticos para que a conduta terapêutica adequada seja estabelecida para o paciente.
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