PAPEL DA BOMBA DE EFLUXO MTR NA RESISTÊNCIA DA NEISSERIA GONORRHOEAE A ANTIMICROBIANOS

Autores

  • Mylene Bandeira Cordeiro
  • Fernanda Zanandréa Gressler
  • Maria Eduarda Carrard Dorl
  • Paolla Daudt Milani

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1207

Palavras-chave:

BOMBA DE EFLUXO, GENE MTR, NEISSERIA GONORRHOEAE, RESISTÊNCIA

Resumo

Introdução: A gonorreia é uma doença que já atinge, por ano, cerca de 78 milhões de pessoas mundialmente. A bactéria responsável pela infecção -Neisseria gonorrhoeae- tem adquirido níveis de resistência a antimicrobianos cada vez maiores, demonstrando resistência a múltiplas classes de antibióticos. Isto ocorre principalmente devido ao seu sistema de efluxo de multifármacos conhecido como Multiple Transferrable Resistance (MTR). A preocupação de que essa infecção possa se tornar refratária à maior parte dos antibióticos demanda novas pesquisas que melhorem o entendimento acerca dessa resistência, bem como seu surgimento e como combatê-la. Objetivo:  Analisar o funcionamento e a influência da bomba de efluxo MTR dos gonococos sobre antibacterianos e como isto pode afetar o combate a cepas de Neisseria gonorrhoeae resistentes a certos antibióticos. Material e Métodos: Revisão de literatura atual sobre mecanismos de resistência do gonococo, utilizando sites com bases de dados como Scielo e Pubmed, utilizando-se das seguintes palavras chaves: Resistência, Neisseria gonorrhoeae, bomba de efluxo MtrCDE.  Resultados: O complexo tri proteico MtrCDE aumenta a virulência e potencializa a colonização bacteriana, além de contribuir para a resistência. Verificou-se que gonococos contendo sequências do tipo mosaico dentro do gene MtrD, através de alterações de aminoácidos, podem ter sua atividade de bomba de efluxo de múltiplas drogas aumentada, influenciando o reconhecimento antimicrobiano e a extrusão celular. Contudo, a expressão demasiada do sistema MTR em algumas cepas selvagens, se mostrou sujeita à repressão transcricional pelo gene MtrR. Alguns autores descreveram que uma expressão ectópica do MtrR foi capaz de amortecer a bomba de efluxo, aumentando a sensibilidade do gonococo a betalactâmicos e macrolídeos. Dessa forma, esta alteração poderia reverter o quadro da resistência adquirida a esses fármacos. Conclusão: A identificação da ação repressora do gene MtrR sobre a bomba de efluxo MtrCDE em gonococos representa avanço nos estudos sobre resistência bacteriana e proporciona novas vertentes no combate de cepas resistentes.

Publicado

2021-06-14

Como Citar

Cordeiro , M. B., Gressler, F. Z. ., Dorl, M. E. C. ., & Milani, P. D. . (2021). PAPEL DA BOMBA DE EFLUXO MTR NA RESISTÊNCIA DA NEISSERIA GONORRHOEAE A ANTIMICROBIANOS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 50. https://doi.org/10.51161/rems/1207

Edição

Seção

Anais do I Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-Line