CULTURAS DE VIGILÂNCIA DE RESISTÊNCIA DE PACIENTES INTERNOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS DO RIO GRANDE DO NORTE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1202Palavras-chave:
INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA À SAÚDE, CULTURAS DE VIGILÂNCIA, RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS, UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVAResumo
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são infeções adquiridas no curso de uma internação em uma unidade hospitalar. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são os locais onde frequentemente ocorrem surtos por bactérias multirresistentes, visto a pressão seletiva e a disseminação de genes de resistência nestes ambientes. As culturas de vigilância de resistência são um conjunto de técnicas de isolamento e identificação de microrganismos resistentes aos antimicrobianos em indivíduos colonizados com a finalidade de prevenir as IRAS. Objetivos: Este trabalho teve como meta traçar a frequência fenotípica e genotípica de bactérias multirresistentes dos pacientes internados na UTI do hospital estadual referência em doenças infectocontagiosas. Materiais e Métodos: A coleta das amostras foi feita nos sítios axilar, nasal e retal e processadas no LABMIC/UFRN. Os swabs de cada sítio foram semeados em caldo BHI para enriquecimento, e foi procedido o isolamento primário (IP) nos ágares sangue e MacConkey. Transcorridas 24 horas do IP, determinou-se as características morfotintoriais e as provas bioquímicas para a identificação dos espécimes. Identificada a bactéria, foi procedido o teste de sensibilidade aos antimicrobianos, através da técnica de ágar disco-difusão, e testes fenotípicos para determinação do perfil de resistência das bactérias encontradas. Os espécimes com perfil de resistência aos carbapenêmicos passaram por PCR convencional para a determinação da presença dos genes blaIMP-1, blaIMP-2, blaVIM-1, blaVIM-2, blaOXA-23, blaOXA-48 e blaKPC e mcr-1. Resultados: Dezenove amostras apresentaram resistência aos carbapenêmicos e a CIM destes para o Imipenem e Polimixina B demonstrou 94,7% e 31,6% de resistência, respectivamente. Quanto aos genes testados, o gene blaNDM-1 foi expresso por 21% das amostras e o gene blaKPC por 42,1% das amostras. Os demais não foram expressos. As cepas encontradas neste estudo são responsáveis por falhas terapêuticas severas e demonstram a complexidade da problemática da resistência bacteriana. Conclusão: Este trabalho denota a necessidade de medidas de contenção dos microrganismos que causam as IRAS e visa contribuir para o aprimoramento das condutas de vigilância em UTIs, auxiliando na prevenção e controle de transmissão de bactérias multirresistentes e no estabelecimento de ações de controle de surtos nestas unidades.
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