COVID-19 E INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1200Palavras-chave:
COVID-19, INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE, IRAS, SARS-COV-2Resumo
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - IRAS - são caracterizadas como infecções relacionadas à internação ou a procedimentos cirúrgicos e que se manifestam durante internações ou após a alta. Elas são responsáveis pelo aumento da morbidade/mortalidade e apresentam grande impacto socioeconômico, nos Estados Unidos, anualmente, os gastos com IRAS chegam a 45 bilhões de dólares. No atual cenário pandêmico do Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda - SARS-CoV-2, responsável pela síndrome respiratória viral mais grave desde a pandemia de influenza H1N1, em 1918, grande parte dos leitos hospitalares são destinados a pacientes com COVID-19. Estes se mostraram mais susceptíveis às IRAS, o que leva à necessidade de investigar quais elementos estão envolvidos nesse processo. Objetivo: Analisar a susceptibilidade de pacientes com COVID-19 às IRAS e quais são os principais sítios e microrganismos relacionados. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, mediante análise de artigos em português e inglês publicados no PubMed, no Scielo e no NCBI , utilizando-se dos descritores "COVID-19", "Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde", “IRAS” e “SARS-CoV-2”. Resultados: As infecções mais frequentes foram as de corrente sanguínea, primárias ou secundárias ao cateter central - ocorreram em aproximadamente 57% dos casos - e apresentaram maior incidência em pacientes COVID-positivo, principalmente após o sétimo dia de infecção, quando comparado aos pacientes COVID-negativo. A evolução para choque séptico ocorreu em mais da metade dos pacientes avaliados. Os principais agentes foram Enterococcus faecalis, E. faecium e Estafilococos coagulase-negativos .Estudos relatam que o aumento da bacteremia em pacientes internados com COVID-19 pode estar relacionado à imunossupressão concomitante à linfopenia induzida pelo vírus e aos microinfartos intestinais que podem ocorrer devido à trombofilia característica da COVID-19. A infecção de vias aéreas inferiores é, também, associada, e Pseudomonas é relatado como o principal agente desta infecção. Conclusão: Torna-se necessário determinar a correlação entre a infecção por SARS-CoV-2 e o aumento da incidência de IRAS para o direcionamento de condutas e de terapêuticas adequadas a esses casos.
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