ESTUDO RETROSPECTIVO DAS DOENÇAS FÚNGICAS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS HEPÁTICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1174Palavras-chave:
TRANSPLANTE DE FÍGADO, INFECÇÕES FÚNGICAS, MICOSESResumo
Introdução: O transplante hepático é o único método de cura para pacientes com hepatopatias graves e em fase terminal, pois o fígado não exerce mais a sua função de forma adequada. Várias situações causam disfunção hepática promovendo a cirrose, predispondo o paciente a possível necessidade de um transplante. Devido à imunossupressão, o paciente transplantado fica predisposto às infecções fúngicas, que podem ser prejudiciais e interferir no seu prognóstico em qualquer fase de sua vida, após o transplante, principalmente, no período inicial, podendo ser observadas infecções graves, superficiais ou invasivas. Por serem doenças de difícil diagnóstico, com evolução lenta e muitas vezes negligenciadas, podem causar prejuízos imensuráveis ou mesmo serem letais aos pacientes, principalmente, nos casos em que são submetidos a procedimentos invasivos e internações prolongadas sob uso de fármacos inadequados. Material e Método: Nesta pesquisa, através da análise de prontuários, foi avaliada e observada a ocorrência de infecções fúngicas em pacientes com transplante de fígado, analisando-se a causa da doença hepática, o período em que ocorreu a infecção, os locais infectados, quais fungos foram encontrados e a relação do evento com o tipo de fungo, órgãos acometidos e tratamento adotado. Resultados: O gênero Candida foi o que mais se destacou no estudo, sendo as espécies C. glabrata e C. albicans as mais frequentes. Entretanto, outras espécies do gênero Candida foram observadas, causando infecções principalmente no TGU, TR e TS, em períodos distintos, porém com maiores ocorrências no primeiro ano, após TX. Como tratamento foram associados tipos diferentes de antifúngicos e antibióticos. A imunossupressão mais utilizada para a manutenção do enxerto foram tacrolimus, micofenolato e corticóides. Conclusão: Melhorar a forma diagnóstica; a terapia adequada e a atenção clínica no cuidado com estes pacientes são de extrema importância para lhes garantir longevidade, assegurando a não ocorrência de infecções.
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