USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTOS ANTIMICROBIANOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA NO ESTADO DA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1166Palavras-chave:
ANTIMICROBIANOS, AUTOMEDICAÇÃO, RESISTÊNCIA BACTERIANA, USO INDISCRIMINADO, USO RACIONALResumo
Introdução: Embora aparentem inofensivos, a automedicação e o uso indevido de antibióticos causam sérios problemas à saúde pública, podendo ocultar e agravar diferentes doenças. Uma das preocupações atualmente é devido ao potencial desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos convencionais, e ocorrência de infecções hospitalares levando à morte por bactérias multirresistente, o que implica na necessidade da descoberta e síntese de novos fármacos. Objetivo: Investigar se existe o uso indiscriminado de medicamentos antimicrobianos em Unidade de Saúde de um município da Bahia. Materiais e métodos: O presente trabalho foi desenvolvido em uma Unidade de Saúde da Família de um município do Estado da Bahia no mês de setembro de 2019. Esta pesquisa é do tipo descritiva realizada através da aplicação de um questionário para os usuários que frequentavam o serviço da farmácia. Resultados: Os usuários eram predominantemente do sexo feminino (83,3%), idade entre 31 e 40 anos (53,4%). Do total, 76,7% fizeram uso de antimicrobianos sem prescrição e 53,3% não concluíram o tratamento, alegando melhora dos sintomas. Foi constatado também que Amoxicilina é o antimicrobiano mais prescrito pelos profissionais de saúde da unidade. Entre os entrevistados, 6,6% possuem o hábito de se automedicar por indicação de amigos ou balconista de farmácia. Conclusão: Foi observado a presença do uso indiscriminado de medicamentos antimicrobianos pelos usuários do serviço de saúde e que grande parte dos entrevistados desconhece os riscos da utilização inadequada. Diante dos dados apresentados se faz necessário um novo estudo abrangendo a população do município. Em contrapartida os resultados obtidos nessa pesquisa têm grande importância para o planejamento de ações vinculadas a educação em saúde, promoção de propagandas educativas por órgãos governamentais, busca da qualificação dos profissionais de saúde e seguimento farmacêutico visando o uso racional de antimicrobianos.
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