DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: EM BUSCA DE NOVOS TRATAMENTOS ATUANTES NA MICROBIOTA INTESTINAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1164Palavras-chave:
DOENÇA DE CROHN, MICROBIOTA, OBESIDADE, RETOCOLITE ULCERATIVAResumo
Introdução: A microbiota intestinal é essencial para os seres vivos, desde antes do nascimento. Vários fatores estão envolvidos em sua formação, principalmente nos primeiros meses de vida, até atingir o estado de microbiota madura ao final do segundo ano de vida (MORAES et al., 2014). A dieta alimentar, o estilo de vida, o consumo de antibióticos, a ingestão de prebióticos e probióticos ou o processo de envelhecimento exercem grande influência sobre a formação do microbioma intestinal, predispondo indivíduos a desenvolverem ou não doenças crônicas, com ênfase na diabetes e obesidade, além das doenças inflamatórias intestinais (DIIs), representadas pela retocolite ulcerativa (RCU) e doença de Crohn (DC). Objetivos: Compreender o funcionamento do intestino como um ambiente simbiótico e analisar intervenções alimentares ou medicamentosas que favoreçam tal condição. Material e métodos: Levantamento bibliográfico, no qual serão utilizados como fonte de pesquisa, os artigos publicados em tais literaturas científicas: The Lancet; SciELO; Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento; Brazilian Journal of Health Review. Os trabalhos selecionados passarão por uma seleção, de modo que os escolhidos sejam de grande relevância para esta análise. Serão excluídos, portanto, fontes cuja veracidade não seja comprovada, bem como trabalhos muito antigos. Resultados: A disbiose é um desequilíbrio da flora bacteriana intestinal que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes no trato gastrointestinal. Assim, diante dos avanços científicos mais recentes, as ações para reverter a disbiose são baseadas na modulação da microbiota. A adequação dietética se consolida como a solução mais viável para modificar a composição da microbiota intestinal e produzir metabólitos essenciais para a saúde. Dessa forma, os prebióticos, que compõem a dieta, desencadeiam o crescimento de micróbios protetores (probióticos), como bifidobactérias e lactobacilos. Cogita-se também o transplante de matéria fecal. Trata-se de um método novo, seguro, de baixo custo, boa tolerância e poucos efeitos adversos. Conclusão: O entendimento acerca da modulação da microbiota, se consolida, portanto, como de extrema valia, uma vez que se estabelecem terapêuticas em potencial. À vista disso, há a possibilidade de desenvolvimento de abordagens preventivas, o que permitiria a preservação do bem-estar do paciente.
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