COMPLICAÇÕES DA COVID-19 EM PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME: REVISÃO TEÓRICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1019Palavras-chave:
COMPLICAÇÕES, INFECÇÃO., DOENÇA FALCIFORMEResumo
Introdução: A Doença Falciforme (DF), afecção genética caracterizada por anemia hemolítica crônica e inflamatória, tem a presença da Hemoglobina S e pode apresentar diferentes genótipos. Devido a fisiopatologia complexa da DF, as pessoas acometidas podem ser vulneráveis a várias infecções bacterianas e virais, por exemplo, o vírus causador da COVID-19. Objetivo: O estudo visa identificar as produções científicas disponíveis na literatura sobre as complicações da COVID-19 em indivíduos com DF. Metodologia: Trata-se de uma revisão teórica que busca responder a questão norteadora "Quais as complicações desenvolvidas em pacientes com doença falciforme pela COVID-19?". Foram utilizados artigos nas bases Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com os descritores "COVID-19 complications" e "sickle cell disease". Empregando-se os filtros, 61 artigos foram encontrados e destes, nove foram utilizados por se relacionarem à temática. Resultados: As pessoas com DF são afetadas por complicações pulmonares, tais como a síndrome torácica aguda, embolia pulmonar e pneumonia. A disfunção endotelial, como consequência da oclusão vascular e polimerização da Hb S, bem como a expressão anormal de pró-coagulantes, conferem maior risco de tromboinflamação, sendo a crise de dor um dos sintomas mais frequente. Destaca-se o elevado risco de sepse devido ao hipoesplenismo, tornando os pacientes vulneráveis a infecções bacterianas sobrepostas. Conclusão: Não foram identificados dados que comprovem maior mortalidade nas pessoas com DF em decorrência da COVID-19, embora haja sugestões, o que evidencia a necessidade de abrangência em estudos. O aprofundamento em pesquisas científicas, irá permitir o detalhamento e compreensão da infecção nesse grupo de pacientes acometidos pela DF e melhorar o manejo clínico baseado em evidência.
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