EDUCAÇÃO MÉDICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: NOVAS PERSPECTIVAS DE SAÚDE DIGITAL

Resumo

Introdução: Com a pandemia do Novo Coronavírus, medidas restritivas foram implementadas na educação médica. O ensino a distância como medida de adequação trouxe à tona uma intempérie quanto a aplicação e uso de novas tecnologias na grade curricular médica. Objetivo: Identificar e analisar a produção científica relacionada à implementação de recursos digitais de saúde na educação médica. Material e métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão sistemática com artigos em inglês, francês e português indexados nas bases de dados MedLine, SciELO e LILACS nos últimos cinco anos. Esses foram orientados pela pergunta: “Quais inovações na saúde são pertinentes de implementação na educação médica frente ao isolamento social e avanços tecnológicos?” Resultados: A busca resultou na identificação de 96 artigos. Após a aplicação de critérios inclusivos e leitura dos resumos, 16 artigos foram incluídos e revisados. Averiguou-se a implementação exponencial de plataformas digitais e novas tecnologias, mudança executada antes da pandemia em detrimento da era digital em países, como Alemanha, França e Estados Unidos, analisados na revisão. O curso de Medicina se mobilizou à transformação com aulas em plataformas de vídeo, realização de webinars e palestras em plataformas de streaming, além de novos meios de ensino-aprendizagem (podcasts, gamificação e simulações clínicas virtuais). Uma reformulação da prática médica é apontada, onde a telemedicina destaca-se como essencial para adentrar no currículo acadêmico. Aponta-se, também, dificuldades ao incluir essa nova perspectiva, permeado pela ausência de conhecimento prévio dos docentes e más condições de acesso às tecnologias. Conclusão: No cenário pandêmico e com a implementação digital, estabeleceu-se uma nova iniciativa de estudo e execução médica pautada no digital, refletindo em atualizações do currículo acadêmico. Assim, a transformação da saúde no meio educacional e no exercício da profissão é valorizada, mas, precisa ser acompanhada pelo melhor acesso ao digital nos países menos desenvolvidos.