FEROMÔNIO SEXUAL: UMA FERRAMENTA BIOTECNOLÓGICA PARA O MONITORAMENTO DE Chloridea virescens (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) NA CULTURA DA SOJA

Resumo

Introdução: Chloridea virescens é uma praga que ocasiona perdas significativas na cultura da soja, danificando folhas, flores e vagens, elevando o custo de produção devido ao uso excessivo de inseticidas, na grande maioria não seletivos, que reduzem diretamente os inimigos naturais da praga, além de favorecer a seleção de populações resistentes aos principais grupos químicos utilizados no controle de C. virescens. Para minimizar os impactos gerados pelos agroquímicos, torna-se necessário, a busca por tecnologias sustentáveis, como os feromônios sexuais, que são altamente específicos e se destacam como uma ferramenta importante, no monitoramento e controle de pragas. Objetivo: Avaliar a eficiência de duas formulações de feromônio sexual para o monitoramento de C. virescens na soja. Material e métodos: O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com 3 tratamentos e 5 repetições, foram testadas 2 formulações de feromônio sexual de C. virescens – F1 e F2, como controle foi utilizado o solvente hexano. As armadilhas usadas foram do tipo Delta de cor branca, com septo de borracha impregnado com as diferentes formulações. Estas foram instaladas no campo no período reprodutivo da soja na safra 2020/2021 em Tangará da Serra – MT. Os tapetes adesivos das armadilhas foram trocados semanalmente. Os dados foram submetidos à Análise de Desvio e ao Modelo Linear Generalizado (GLM). Resultados: As formulações diferiram entre si (p<0,05), com a formulação 2 capturando 113 mariposas (83,70%), formulação 1 coletando 15 (11,11%) e o hexano coletando 7 (5,19%). Conclusão: Os resultados dessa pesquisa demonstram que a formulação 2 tem potencial para o manejo voltado para o monitoramento de C. virescens na cultura da soja em Mato Grosso, contudo novos estudos devem ser realizados para otimizar a formulação e melhorar a eficiência da captura de mariposas de C. virescens.