UTILIZAÇÃO DE NEUROCIÊNCIAS COMO FERRAMENTA PARA MAXIMIZAR O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA ÁREA DA SAÚDE, NO ENSINO SUPERIOR: Uma abordagem bibliográfica narrativa.
Palavras-chave:
Neurociências, Neuroeducação, Ensino superior, Cursos da saúdeResumo
Introdução: Diante do cenário atual, a educação precisa adequar-se para atender às necessidades da sociedade atual. Na área da saúde, o ensino tradicional precisou ser repensado e modificado, para que as habilidades e competências profissionais, exigidas pela “nova” sociedade fossem adquiridas e desenvolvidas de forma eficaz. A chamada neurociência aplicada à educação (Neuroeducação), atrelada às metodologias ativas e às novas tecnologias surgem com o intuito de maximizar o processo de ensino-aprendizagem através de um melhor aproveitamento das funções cognitivas e dos recursos neurais, para a efetivação da compreensão e fixação dos processos relacionados à construção do conhecimento. Objetivo: Analisar, a partir de informações da literatura dos últimos quatro anos, aspectos relacionados à utilização de neurociências, como uma ferramenta na melhoria do processo de ensino-aprendizagem, dentro do contexto do ensino superior, em cursos da área da saúde. Material e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa retrospectiva, de trabalhos encontrados entre os anos de 2015 e 2019, na base de dados Google acadêmico e PubMed, a partir das palavras-chave: Neurociências, Neuroeducação, Ensino superior e Cursos da Saúde. Resultados: Com a análise de 28 artigos selecionados obtivemos os seguintes resultados: 1) Na literatura, os 28 artigos relacionados à utilização direta de princípios das Neurociências, em cursos superiores, na área da saúde são escassos; 2) A maioria dos trabalhos, 12 artigos (42,85%) de temática aproximada à esta é destinada ao uso de metodologias ativas em cursos como medicina, mas não especificamente à Neurociências; 3) Apenas 5 artigos (17,85%) que relacionam Neurociências ao aprendizado, em cursos da área da saúde, relatam que os discentes apresentaram desempenho, interesse e compreensão melhorados; 4) Cerca de 8 artigos (28,57%) apresentam as dificuldades de docentes em relação à utilização de Neurociências, e de metodologias ativas principalmente, ao longo da formação de seus discentes; 5) Dados da literatura, 3 artigos (10,72%) colocam que atualmente cursos de pós-graduação (lato sensu) estão incluindo disciplinas voltadas para as Neurociências aplicada à educação, porém os cursos de graduação e pós-graduação (stricto sensu) ainda precisam aderir com maior representação. Conclusão: Uma das colaborações das neurociências, no contexto educacional está no desenvolvimento de educadores e profissionais de saúde, mais capacitados para o entendimento de algumas bases biológicas, que irão auxiliá-los na identificação precoce de potenciais habilidades e déficits. Dentro da perspectiva de que trabalhos voltados para a temática deste resumo são poucos, enfatizamos a necessidade de maiores pesquisas e investimentos que possam possibilitar os benefícios da relação entre a utilização de neurociências e a formação de profissionais de saúde, dentro das escolas superiores.
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