TESTE DE INDUÇÃO ANESTÉSICA COM EUGENOL EM HIPANCISTRUS SP. (SILURIFORMES, LORICARIIDAE) DO RIO XINGU, PARÁ, BRASIL

Autores

  • Fábio José Torres de Barros
  • Thaís Nascimento Pereira
  • Jôsie Schwartz Caldas
  • Aline Vitoriano Barros
  • Leandro Melo de Sousa

Palavras-chave:

manejo, ex situ, peixe, tratamento, fármaco, imobilização, óleo de cravo

Resumo

O manejo e reprodução de peixes em ambiente ex situ são importantes para a produção aquícola e avanço do conhecimento científico, sendo fundamental a aplicação de indução anestésica com fármaco e dose adequada, amenizando situações de estresse em procedimentos de manejo, como manuseio e imobilização de peixes, evitando injúrias físicas e fisiológicas. O Hypancistrus sp. “pão” do Xingu é endêmico da bacia amazônica, com características onívoras, de pequeno porte e potencial ornamental. O objetivo desse estudo foi definir a concentração adequada de anestésico Eugenol para imobilização e manuseio do Hypancistrus sp. Neste trabalho foram utilizados 20 espécimes do Laboratório de Aquicultura e Peixes Ornamentais do Xingu – LAQUAX. A solução estoque de 100 mg.L-1 de Eugenol foi preparada diluindo o anestésico em álcool (98º GL) na proporção 1:9 (Eugenol:Álcool). Os espécimes foram divididos em 4 grupos, nos respectivos tratamentos de concentrações de Eugenol (20, 30, 50 e 100mg L-1), com 5 espécimes por tratamento. Cada concentração foi obtida por diferente diluição da solução em um aquário de 5L de água, usado para exposição individual dos espécimes, sendo substituída a solução anestésica a cada teste. Os seguintes estágios de indução anestésica foram observados: I – Sedação leve; II – Sedação; III – Narcose; IV– Anestesia, adaptados segundo o comportamento dos Loricarideos: (I) Movimentos reduzidos e perda da reatividade; (II) Perda de sucção; (III) Posição do abdômen voltado para cima e respiração ofegante rápida; (IV) Respiração lenta e sem reatividade; Após o estágio IV, foi feita a biometria dos animais. A recuperação foi realizada em um aquário com 5L de água, sem Eugenol. O tempo de recuperação foi mensurado observando os seguintes estágios e comportamentos: (I) Nado errático; (II) Retorno à posição normal; (III) Fixação da boca ao substrato; (IV) Nado normal, adaptado para Loricarídeos. Alguns peixes expostos à concentração de 20mg L-1 não atingiram o estágio anestésico IV. Os peixes expostos às demais concentrações atingiram o último estágio de indução. O índice de sobrevivência foi de 100% após 96 horas da indução, indicando possível ausência de efeito deletério letal e tóxico. O maior tempo de indução (125 segundos) foi observado na menor dose experimental (30 mg L-1), e o menor (29 segundos) foi observado na dosagem (50 mg L-1). As doses que apresentaram o menor tempo de recuperação foram de 38 segundos em 100mg L-1. A dosagem adequada para o manuseio do Hypancistrus sp. verificada nesse experimento é de 30 mg. L-1 de Eugenol.

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

Barros, F. J. T. de, Pereira, T. N., Caldas, J. S., Barros, A. V., & Sousa, L. M. de. (2020). TESTE DE INDUÇÃO ANESTÉSICA COM EUGENOL EM HIPANCISTRUS SP. (SILURIFORMES, LORICARIIDAE) DO RIO XINGU, PARÁ, BRASIL. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(2), 104. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/524

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