O USO DE NDVI NA IDENTIFICAÇÃO DE NASCENTES SEM APP EM SUB BACIA DO ALTO JAURUCU – BAIXO RIO XINGU

Resumo

Introdução: Entre as décadas de 70 e 80 a paisagem amazônica começa a passar por um forte processo de exploração, seu uso acabou por trazer uma forte modificação na organização de geossistemas locais e regionais. A pecuária extensiva, muito predominante na região tem se mostrado uma das atividades econômicas que mais colaborou para degradação do solo, aumentando a pressão sobre as nascentes, pois ao desmatar vastas áreas e substitui-las por pastagem o homem acaba interferindo de forma direta na relação com a paisagem, manifestando assim uma quebra no equilíbrio dinâmico. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo identificar se há nascentes sem APP ou com APP diminuta em sub bacia do alto Jaurucu. Material e métodos: A Sub-bacia do Alto Jaurucu está localizada nas proximidades da comunidade rural agrovila Princesa do Xingu. Para realizar este trabalho foi necessário o site do EarthExplorer - Home – USGS, para download da cena 226062, sensor OLI do satélite Landsat 8 do ano de 2019. Os procedimentos realizados neste trabalho foram feitos no QGis versão 3.10. Sendo realizada correção atmosférica, através do plugin Semi-automatic classification, utilizando o algoritmo DOS 1 atmospheric correction, após isso, foi realizado o cálculo do NDVI (Índice de Vegetação da Diferença Normalizada) por meio da ferramenta calculadora raster, com valores ideais próximos de 1 para vegetação arbórea e -1 para ausência de vegetação. Para as nascentes foi criado o buffer para especializar as áreas de Proteção Permanente (APP) sendo máscara para corte do NDVI. Para a verificação das APP nas nascentes foram agrupados os valores de pixels do NDVI correspondentes as classes, solo desnudo, vegetação herbácea e vegetação arbórea. Resultados: Para cada classe foram gerados os intervalos de NDVI, os quais correspondem: para solo desnudo os valores variaram entre 0,26 a 0,45, para vegetação herbácea entre 0,45 a 0,64 e para vegetação arbórea variaram entre 0,64 a 0,83. Conclusão: Foi identificado que 16,5% das nascentes não tem cobertura florestal alguma, estando, portanto, desprotegidas do excesso de radiação eletromagnética, pisoteio e erosão.