LISTA PRELIMINAR DE ESPÉCIES DE FABACEAE NA REGIÃO DA VOLTA GRANDE DO XINGU, PARÁ, BRASIL
Palavras-chave:
Amazônia, Leguminosae, Taxonomia vegetal, herbárioResumo
Introdução: A região da Volta Grande do Xingu ou grande curva do Xingu situa-se no norte do Brasil, estado do Pará, no rio Xingu, e abrange quatro municípios: Altamira, Anapu, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. A família das leguminosas (família Fabaceae ou Leguminosae) possui 19.500 espécies registradas em cerca de 770 gêneros, compreendendo a terceira maior em número de espécies dentre as Angiospermas. Estudos florísticos fornecem informações sobre determinadas áreas de vegetação, como a distribuição geográfica e a abundância das espécies em diferentes locais, podendo ser desenvolvidos modelos de conservação de áreas perturbadas ou degradas por ações antrópica, fornecendo dados consistentes para a criação de unidades de conservação. Objetivo: analisar a riqueza de espécies de Fabaceae na região da Volta Grande do Xingu, para a qual há carência de estudos botânicos e com sua biodiversidade ameaçada pela crescente exploração humana. Material e métodos: Nós examinamos todos os Espécimes de Fabaceae procedentes dos municípios de Vitória do Xingu e Altamira, sudoeste do Pará, depositados no herbário Padre José Maria de Albuquerque (HATM) da Universidade Federal do Pará, Campus de Altamira. Para identificação e nomenclatura das espécies seguiu-se o que consta na Lista de Espécies da Flora do Brasil e na plataforma The Plant List. Resultados: Até o momento foram registradas 64 espécies de Fabaceae pertencentes a 38 gêneros, o que corresponde a 8,67% e 5,06% das riquezas específicas de Leguminosas do estado do Pará e da região Norte do país. Os gêneros mais representativos em número de espécies foram: Inga (7), Swartzia (5) Senna e Campsiandra (ambos com 4), Cynometra e Abarema (3). As espécies Aldina heterophylla Spruce ex Benth. e Bauhinia tarapotensis Benth. são novos registros para o estado do Pará. Conclusão: Este estudo possibilita o incremento de informações sobre as Fabaceae no estado e contribui para a consolidação do acervo florístico da região do Xingu. No entanto, a riqueza de espécies ainda é pouco representativa se comparada à biodiversidade vegetal registrada para o estado, o que demonstra a necessidade de mais inventários florísticos na região, incluindo áreas protegidas, para se compreender a biodiversidade vegetal e o estado de conservação das espécies. Desta forma, auxiliar nas futuras estratégias de conservação da flora da Amazônia, ameaçada pelo desmatamento, perda de habitats, e impacto de projetos hidroelétricos.
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