LEVANTAMENTO DE DADOS: ALGAS NO COSTÃO ROCHOSO DO NÚCLEO PICINGUABA, UBATUBA - SP

Autores

  • Débora Peretta Silva
  • Bruna Maiara de Carvalho
  • Fabíola Vieira de Carvalho
  • Guilherme Costa Gonzanga
  • Luiz Fernando da Silva Martins

Palavras-chave:

costão rochoso, macroalgas, chlorophyta, ochrophyta, rhodophyta

Resumo

Os costões rochosos constituem ecossistemas marinhos de substrato consolidado, e como o próprio nome identifica, são formados por rochas, e neste contexto, é fundamental o conhecimento sobre as macroalgas, principais produtores primários dos costões rochosos. O presente estudo teve como objetivo identificar a composição de macroalgas que integram o costão rochoso do Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP por meio de revisão de literatura. O estudo foi realizado por levantamento bibliográfico de pesquisas científica em português, baseando-se em dados da literatura específica e Google Acadêmico utilizando como descritores: Costão Rochoso, Macroalgas, Chlorophyta, Ochrophyta, Rhodophyta. Foram identificados 128 táxons de categoria infragenérica conforme citado na literatura: 80 espécies do filo Rhodophyta, 22 espécies do filo Ochrophyta (Phaeophyceae) e 26 espécies do filo Chlorophyta. Rhodophyta constituem o maior grupo de macroalgas com ocorrência em ambientes marinhos, com estimativas de existência de até 6.000 espécies. O tom vermelho dos talos decorre da presença de pigmentos hidrossolúveis denominados ficobilinas. Os autores ressaltam que no litoral brasileiro o número de espécies de algas rodofíceas tende a ser maior do que o número de espécies de algas verdes e pardas somadas, tendência característica de ambientes tropicais e temperados quentes. Ochrophyta (Phaeophyceae) geralmente têm uma maior complexidade estrutural, a cor parda presente na maioria das espécies decorre das elevadas concentrações de carotenoides, quase todas as 1.500 espécies de algas pardas são marinhas, de regiões temperadas e subpolares costeiras, dotadas de água sazonal ou permanentemente ricas em nutrientes. A feofíceas podem alcançar grande biomassa e apresentar produção primária muito superior ao fitoplâncton. Chlorophyta compreendem 17.000 espécies, dentre as quais apenas 10% ocorrem em ambientes marinhos. A denominação do grupo deve- se à maior intensidade da cor das clorofilas a e b, as algas verdes são também conhecidas por sua capacidade de sobreviver sob condições ambientais estressantes, apresentando-se muitas vezes como as espécies dominantes em locais sujeitos a variações extremas de salinidade, como baías, estuários e poças situadas em costões rochosos. A diversidade e as condições multicelulares das macroalgas possibilitam diferentes formas de explorar o ambiente, mas também pode gerar alguns problemas, como por exemplo, competições por espaço, luz, nutrientes; além de usar estratégias de defesa contra os herbívoros e adaptações aos movimentos das águas. As algas também apresentam um valor econômico tanto na alimentação humana como na importância industrial.

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

Silva, D. P., Carvalho, B. M. de, Carvalho, F. V. de, Gonzanga, G. C., & Martins, L. F. da S. (2020). LEVANTAMENTO DE DADOS: ALGAS NO COSTÃO ROCHOSO DO NÚCLEO PICINGUABA, UBATUBA - SP. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(2), 55. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/474