ANÁLISE DA QUALIDADE DO SEDIMENTO NO MANGUEZAL DA FOZ DO RIO SAUÍPE, LITORAL NORTE DA BAHIA (BRASIL)
Resumo
Introdução: O manguezal é um ecossistema altamente produtivo com aporte de nutrientes depositados ao seu sedimento. O Brasil representa ~8,5% do total da distribuição de manguezais em escala mundial, com 13.000 km² da área total. No sedimento do manguezal, os teores de nutrientes geralmente variam em função da inundação pela maré alta; ele atua como barreira biogeoquímica através da retenção e/ou imobilização de compostos. O manguezal estudado é importante área de valor socioeconômico de referência turística no Litoral Norte da Bahia (Brasil). Objetivo: Analisar a qualidade do sedimento do manguezal estudado através da diversidade de compostos biogênicos (bioclastos) e composição granulométrica. Metodologia: Em abril/2016, amostras superficiais do sedimento do manguezal foram coletadas em 4 pontos aleatórios, durante a maré baixa, no sentido maré – bosque ao lado direito da foz do rio Sauípe: P1 próximo à maré, P2 seguinte faixa de areia no sentido do bosque, P3 próximo à faixa de restinga antes do bosque e P4 na faixa do bosque. No Laboratório de Solos da UNEB (Campus II), as amostras foram inicialmente secas ao ar livre e depois subamostras foram colocadas para secar em estufa a 60ºC por 24 h e peneiradas para identificação de bioclastos, através de triagem e análise ao microscópio estereoscópico, e determinação das frações granulométricas em peneiras de abertura de malhas de 1 mm, 500 m, 250 m, 125 m e 63 m. Resultados: Entre os organismos encontrados, predominaram foraminíferos e gastrópodes, com maior abundância na fração de areia em P2 e P4, respectivamente. As amostras continham serrapilheira exclusiva de fração ramos, não tendo sido observadas as frações folhas nem frutos, devido ao estudo ter sido feito no outono, bem como ao carreamento destas frações mais leves pela maré alta e à eficiência da decomposição das folhas. O sedimento é siltoso no P1 (>50%) e areno-siltoso (≥80%) nos demais P2, P3 e P4. Conclusão: O sedimento do estuário apresentou baixa diversidade de bioclastos, atribuída a uma intensa atividade turística, e foi definido de forma geral como areno-siltoso, explicando a ocorrência do bosque de franja pouco desenvolvido junto à foz do rio Sauípe.
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