ANÁLISE DA EFICÁCIA DE ARMADILHA LUMINOSA EM RELAÇÃO AO PLANO DE POSIÇÃO E A DIVERSIDADE TAXONÔMICA COLETADA
Resumo
Introdução: Pertencente ao filo Arthropoda, a classe Insecta é a mais numerosa em espécies quando comparada a qualquer outro grupo do reino Animal. Para a captura, existem inúmeros modelos de armadilhas, dentre elas a luminosa, eficiente e com impacto quase que inexistente em relação a outros indivíduos e o ambiente, utilizada para coleta de insetos noturnos. Objetivos: Comparar a eficácia da armadilha luminosa em dois planos verticais distintos, em um mesmo ponto do Campus Lagoa do Sino - UFSCar (localizado em Buri/SP), através da relação quantitativa de táxons coletados. Material e métodos: Confecção de modelo artesanal de armadilha luminosa, com lâmpada de LED (10W) presa à uma tábua de madeira e abaixo um recipiente com capacidade de 5000mL contendo 96 mL de solução (70 mL de álcool 96% GL, 26 mL de água filtrada e três gotas de detergente neutro). A lâmpada encaixada na parte superior da tábua reflete sua luz na bandeja branca, acesa por 14 horas no período noturno. O indivíduo, atraído pela luz, entra em contato com a solução que acarretará sua morte. Foram feitas quatro coletas durante duas semanas (novembro/2018), sendo duas com a armadilha sobre o solo e duas em suspensão. Cada amostra foi armazenada em recipiente de vidro contendo álcool 96% GL para análise. Os indivíduos foram classificados em nível de ordem. Resultados: Total de 383 indivíduos, distribuídos em 10 ordens, com a não identificação de 2 insetos, 1 larva e 1 verme. Em solo foram coletados 283 espécimes de 9 ordens: 101 Coleoptera, 76 Diptera, 36 Collembola, 10 Hymenoptera, 8 Hemiptera, 7 Lepidoptera, 2 pupas de Orthoptera, 2 Blattodea, 2 Thysanoptera. Em suspensão foi possível capturar 100 espécimes de 7 ordens: 59 Coleoptera, 21 Diptera, 6 Hymenoptera, 4 Hemiptera, 1 Lepidoptera, 1 Blattodea, 1 Amphipoda. Conclusão: Através dos dados foi possível analisar a eficácia da armadilha pelo seu posicionamento. Hipóteses a respeito sugerem que o posicionamento da armadilha em solo impede que o reflexo traspasse o fundo do recipiente, ou ainda que a armadilha em suspensão seja avistada em uma distância maior por não haver folhagens ou outros obstáculos ao redor.
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