ANÁLISE FITOQUÍMICA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE Aspidosperma nitidum Benth. (APOCYNACEAE)

Resumo

Introdução: Aspidosperma nitidum Benth. (Apocynaceae), é uma planta nativa da Amazônia brasileira, muito utilizada na medicina popular para tratamento de inflamações, febre e malária. Pela sua elevada diversidade de constituintes químicos, o que o torna uma importante fonte de recursos econômicos e farmacêuticos. Objetivo: Assim, esse estudo objetivou analisar a composição química do extrato etanólico das folhas de A. nitidum. Material e métodos: As folhas de A. nitidum foram coletadas na área de vegetação da empresa Mil Madeiras Preciosas Ltda. Para a obtenção do extrato etanólico bruto (EB), foi adicionado álcool etílico 96% sobre as folhas. A solução foi deixada em repouso por 15 dias e submetida à destilação em rotaevaporador a 70° C. A prospecção fitoquímica do extrato EB foi realizada pelo método qualitativo, baseado em princípios colorimétricos. Os metabólitos secundários investigados foram: fenóis, taninos, leucoantocianidinas, catequinas, flavonas, saponinas, flavonoides, antocianidinas e chalconas. Os resultados foram comparados com o grupo controle (em branco) e entre si para visualizar alteração de cor ou precipitação. A presença da classe de metabólito secundário foi registrada como positivo (+) e a ausência de cor e precipitação como negativo (-). Resultados: Os resultados fitoquímicos do extrato de A. nitidum evidenciaram a presença de flavonas, saponinas, catequinas e fenóis. Cada classe de metabólitos secundários inclui compostos que possuem diversas atividades biológicas, as flavonas, por exemplo, podem atuar como protetores da luz ultravioleta (co-pigmentos), contra insetos, fungos, vírus, bactérias, como antioxidantes e inibidores de enzimas. Já, as saponinas possuem ações farmacológicas como antinflamatória, larvicida, hipocolesterolemiante, expectorante, ventrópica, moluscicida e cicatrizante. Catequinas, por sua vez, pertencem a um grupo de polifenóis e apresentam uma série de atividades biológicas, antioxidantes, quimioprotetora, termogênicas, antiinflamatória e anticarcinogênica, protegem o organismo contra os efeitos dos radicais livres, auxiliando na prevenção contra doenças cardiovasculares, diabetes e envelhecimento acelerados. Conclusão: A presença de compostos fenólicos na planta, sejam fenóis simples, ácidos fenólicos, cumarinas, flavonoides, estilbenos, taninos condensados e hidrolisáveis, lignanas e ligninas, tem potencial atividade anti-inflamatória. Essas substâncias podem contribuir significativamente para futuros estudos relacionados a essa espécie.