ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NOS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
Resumo
INTRODUÇÃO: Animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores3. Entre os animais de importância médica, os principais são ofídicos, aracnídeos, escorpiônicos4. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera esses acidentes nas doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais3. Objetivo: Desta forma, o presente estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos acidentes provocados por animais peçonhentos ocorridos na região nordeste entre 2009 a 2019. Metodologia: Constitui-se de um estudo exploratório, epidemiológico e descritivo com abordagem transversal, quantitativo e retrospectivo. Os dados coletados foram referentes aos estados da região nordeste, através de buscas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), utilizando-se as variáveis do paciente, enfermidade e evolução. Para aprimorar a análise, realizou-se um levantamento bibliográfico por meio de bases de dados como BVS, SCIELO E MEDLINE, utilizando descritores como: acidente, animais venenosos, envenenamento e epidemiologia, indexados no DECs, de modo isolado e associado, em inglês e/ou português, com delimitação de período entre 2010 e 2020. RESULTADO E DISCUSSÃO: Foram notificados 644.426 acidentes no período estudado, com o estado da Bahia com 28,66% (n=184.719), o maior valor entre os estados. Dentre os acidentes, destaca-se os escorpiônicos com 71,52% (n=460.911), esse valor correlaciona-se durante o verão, devido a temperaturas mais altas, assim os animais estão mais ativos e à procura de alimentos e parceiros para a reprodução5. A faixa etária predominante foi entre 20-39 anos com 33,21% (n=214.018), porém, apresentam melhores condições de recuperação ao tratamento decorrente do pleno funcionamento do sistema imunológico5. Pacientes do sexo feminino foram os mais acometidos com 50,63% (n=326.304) dos casos, e declarados pardos com 58.98% (n=380.127). O tempo médio de atendimento foi entre 0 a 3 horas, caso o início do atendimento for maior, após a picada, mais grave é a sintomatologia do paciente1. CONCLUSÃO: Portanto, mediante este estudo, observou-se os acidentes por animais peçonhentos ainda como um importante problema na saúde pública, sendo paciente entre 20-39 anos, pardos, do sexo feminino os mais acometidos, sendo necessário traçar estratégias na vigilância e no atendimento desse agravo.
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