LEVANTAMENTO DE AVES DE RAPINA ATENDIDAS EM SERVIÇO DE RADIOLOGIA VETERINÁRIA EM PORTO ALEGRE, RS, E SUA RELAÇÃO COM AÇÕES ANTRÓPICAS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/3253Palavras-chave:
RAPINANTES, RADIOGRAFIA, SILVESTRESResumo
Introdução: aves de rapina ocorrem em áreas urbanas, além dos biomas naturais. Indivíduos das ordens Accipitriformes, Cathartiformes, Falconiformes e Strigiformes são corriqueiramente avistados em regiões densamente povoadas, e devido a ações antrópicas e interações negativas eventualmente necessitam atendimento veterinário. Traumas e sinais inespecíficos são indicações para a realização de exame radiográfico em aves. Esse utiliza-se de radiação ionizante que interage com os íons teciduais, resultando em imagens de estruturas orgânicas e inorgânicas que refletem padrões radiográficos que auxiliam no diagnóstico de injúrias e enfermidades do indivíduo submetido à avaliação. Objetivos: realizar um levantamento de rapinantes atendidos em um serviço de radiologia veterinária em Porto Alegre, RS, nos anos de 2020 e 2021. Materiais e métodos: avaliaram-se os registros de um total de 32 aves das espécies Buteo brachyurus (5), Harpia harpyja (1), Ictinia plumbea (1), Parabuteo unicinctus (1), Heterospizias meridionalis (1), Spizaetus tyrannus (1), Urubitinga urubitinga (1) Caracara plancus (4), Falco sparverius (2), Falco deloreucus (2), Coragyps atratus (3), Asio clamator (2), Asio stygius (4), Athene cunicularia (1), Bubo virginianus (2), Megascops choliba (1). Resultados e discussão: fraturas foram as alterações mais prevalentes, acometendo membros pélvicos (8), membros torácicos (6), e em múltiplos sítios ocasionadas por projéteis (2). Luxação escápulo-umeral (2) e desvios angulares por fraturas e lesões antigas em membros locomotores (4) também ocorreram. Os sítios de fraturas mais comuns foram metatarso (2), tibiotarso (3), úmero (3), radio-ulna (2), radio (1), ulna (1). Em 10 aves não foram observadas alterações, tanto em cavidade celomática quanto em membros locomotores. Do total, 27 animais eram aves de vida livre, 3 pertencentes a um criadouro científico, e 2 a tutor. Lesões traumáticas tiveram maior prevalência no primeiro grupo (19/32), e em um indivíduo mantido sob cuidados humanos, mostrando ser significativa a ação antrópica em animais da fauna silvestre. Alterações crônicas levaram indivíduos ao cativeiro permanente, como os exemplares de H. harpyja e U.urubitinga. Eventualmente, indivíduos de vida livre não apresentaram alterações radiográficas, como o S. tyrannus, encontrado após colisão e solto após avaliação. Conclusão: os exames radiográficos mostraram-se um método eficaz para estabelecer-se diagnóstico e prognóstico das aves de rapina examinadas.
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