RELAÇÃO DE P53 MUTANTE E DA PROETÍNA HER2 NO CÂNCER DE MAMA

Autores

  • Diogo Leonardo Santos Silva UFCG
  • Glaucia Veríssimo Faheina Martins
  • Glaucia Veríssimo Faheina Martins

Resumo

Introdução: O câncer de mama (CM) é considerado, em escala global, como uma das neoplasias mais frequente em mulheres, sendo a segunda principal causa de mortalidade devido ao câncer neste grupo. Embora os métodos de diagnósticos e tratamentos tenham evoluído, a prevalência desta doença tem aumentado em vários locais do mundo. O gene TP53, codifica a proteína p53, responsável pela ação supressora de tumores através da regulação do ciclo celular. Mutações neste gene resultam na proteína p53 defeituosa. A superexpressão do gene HER2 ocorre em 20-25% dos casos de CM, sendo responsável por maior agressividade da doença, com baixa sobrevida e um mau prognóstico dos pacientes. A proteína HER2 é necessária para a ativação das vias de sinalização ERK 1/2, que participam na proliferação e sobrevivência celular, além de ser associado à resistência contra a terapia antitumoral desencadeada pela quimioterapia e radioterapia. Objetivo: Identificar a relação da expressão de p53 mutante e da surperexpressão de HER2 no câncer de mama. Método: Foi realizada uma busca por artigos no banco de dados PubMed, utilizando os descritores: “breast cancer and mutant p53 and HER2”. Os filtros utilizados foram “texto completo grátis” e “publicação dos últimos cinco anos”. Foram selecionados 10 artigos publicados em inglês. Resultados: As mutações no gene que codifica a proteína 53 possuem alta prevalência em câncer de mama HER2+. A proteína p53 mutada pode adquirir função oncogênica, bem como induzir a superexpressão de HER2 por meio de sua ativação transcricional. A surperexpressão de HER2 estabiliza a p53 mutada. A HER2 também participa do processo de angiogênese tumoral. Conclusão: A p53 mutada perde sua função de regulação do ciclo celular e supressão tumoral e adquire função neoplásica, como a superexpressão de HER2 que, reduz sua vulnerabilidade, bem como participa de outros processos essenciais para a sobrevivência e a proliferação de células cancerígenas. Desta forma, agentes anticâncer com alvo na p53 mutante pode inibir a expressão de HER2, sendo considerada uma via atrativa para o desenvolvimento de novos fármacos com potencial antitumoral em amostras desse tipo de câncer de mama.

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Publicado

2020-09-01

Como Citar

Santos Silva, D. L. ., Veríssimo Faheina Martins, G. ., & Veríssimo Faheina Martins, G. . (2020). RELAÇÃO DE P53 MUTANTE E DA PROETÍNA HER2 NO CÂNCER DE MAMA. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(1), 162. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/315