REGISTRO DE Trichorhina brasilensis Andersson, 1960 (CRUSTACEA: ONISCIDEA: PLATYARTHRIDAE) PARA O NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Carlos Anderson Soares Bezerra Pereira Universidade Estadual do Piauí
  • Daniela Correia Grangeiro

Resumo

Introdução: Isopoda Latreille, 1817 é um dos poucos grupos de crustáceos que ocuparam com
sucesso habitats terrestres. Essa novidade evolutiva foi adquirida através de adaptações
sintetizadas por meio de uma gama de modificações fisiológicas, sendo elas associadas a
modificações estruturais e comportamentais. Trichorhina Budde-Lund, 1908, possui 56
espécies mundialmente distribuídas. No Brasil, os Estados brasileiros: Pará, Bahia,
Pernambuco, Piauí, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, possuem registros Objetivo: Elucidar e registrar
a primeira ocorrência T. brasilensis Andersson, 1960 para o munícipio de Picos, no Piauí, bem
como para o Nordeste. Material e métodos: Os espécimes foram adquiridos em coletas
realizadas pelos membros do Grupo de Pesquisas Taxonômicas em Oniscidea de Picos –
GETOPI. Os exemplares estavam preservados e mantidos em eppendorfs contendo álcool à
70%, utilizou-se ainda: pincéis e pinças para captura e manejo, identificados com etiqueta
contendo informações da coleta (local, data, coletor, sexo). Os espécimes foram observados em
placas de Petri no esteriomicroscópio e as lâminas com as peças dos exemplares analisadas no
microscópio óptico. Resultados: A espécie foi identificada através da ausência de omatídeos,
corpo oblongo-oval sem pigmento, lóbulos ântero-laterais pequenos, pleon quase tão grande
como o pereon, pleópode I do macho com exópode curto e simples, endópode alongado, apenas
moderadamente curvado apicalmente, pleópode II do macho com exópode produzido com duas
grandes cerdas subapical e endopodito longo, fino e pontudo. Os espécimes de T. brasilensis
foram coletados apenas no Bairro Condurú, havendo neste local uma influência positiva em
relação à sazonalidade temporal, o mesmo encontrava-se as margens de córregos de esgoto, o
solo permanecendo úmido mesmo no período de seca tornando a área propicia à reprodução
dos Oniscídeos, favorecendo assim o nicho destes animais, aumentando a incidência de
espécimes neste local. Conclusão: Este estudo constitui o primeiro registro da espécie no Piauí,
bem como para o Nordeste brasileiro. O estudo taxonômico dos crustáceos terrestres coletados
na região de Picos, no estado do Piauí, levou a identificação da espécie Trichorhina brasilensis
cuja ocorrência é aqui descrita e registrada.

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Publicado

2020-09-01

Como Citar

Soares Bezerra Pereira, C. A., & Correia Grangeiro, D. . (2020). REGISTRO DE Trichorhina brasilensis Andersson, 1960 (CRUSTACEA: ONISCIDEA: PLATYARTHRIDAE) PARA O NORDESTE DO BRASIL. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(1), 160. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/313