DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DE PEIXES NEOTROPICAIS DA CAATINGA, NORDESTE, BRASIL- REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/3085Palavras-chave:
BIODIVERSIDADE, CAATINGA, CONSERVAÇÃO, ICTIOFAUNA, PEIXES NEOTROPICAISResumo
Introdução: O Brasil tem aproximadamente 3.147 espécies de peixes neotropicais conhecidos e distribuídos nas suas cinco regiões, sendo que o conhecimento sobre a ictiofauna de água doce no nordeste brasileiro ainda é limitado e muitos dos peixes desse domínio morfoclimático ainda são desconhecidas ou não foram registradas, inclusive os peixes pertencente ao bioma caatinga. Objetivo: O objetivo deste trabalho consiste em analisar a diversidade dos peixes neotropicais da caatinga e reivindicar medidas prementes para sua conservação. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com uso de pesquisa bibliográfica através de revisão literária com base em livros e periódicos. Resultados: Nas bacias hidrográficas da Caatinga ocorrem cerca de 240 espécies de peixes e a estimativa é que 136 sejam endêmicas, distribuídas em 111 gêneros e divididos em 8 ordens. A ordem Siluriformes apresenta a maior diversidade, com 101 espécies e as famílias mais diversificadas, seguida das ordens: Characiformes com 89 espécies, Cyprinodontiformes com 24 espécies, Gymnotiformes com seis espécies, Perciformes com dezessete espécies, Myliobatiformes com uma espécie, Clupeiformes com uma espécie e Symbranchiformes com uma espécie. De acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) algumas espécies de peixes dessas ordens que ocorrem nos rios, lagos e nas bacias hidrográficas da caatinga e estão classificadas em perigo, vulneráveis e ameaçadas de extinção. Em destaque está os peixes Rivulídeos (125 espécies ameaçadas) seguido das espécies Lophiosilurus alexandri, Brycon nattereri, Kalyptodoras bahiensis, Apareiodon davisi. Outro agravante que contribui para ameaça dessas espécies é os processos antrópicos como uso de substâncias ictiotóxicas e explosivos, conduzidos por órgãos governamentais; introdução de espécies alóctones com vistas à piscicultura; construção de obras de engenharia hidráulica; destruição da vegetação ciliar; poluição dos cursos d’água. Esses agravante implica consequências sobre a ictiofauna, trazendo ruptura dos padrões migratórios de determinadas espécies, possível redução ou extirpação de populações de espécies nativas e o comprometimento de atividades pesqueiras, com a redução da produção. Conclusão: Desta forma, é necessário ações prementes na área de conservação da biodiversidade de peixes, investimento em pesquisas de levantamento e catalogação da ictiofauna, recuperação das áreas degradadas e a manutenção e uso sustentável das espécies de peixes da caatinga.
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