POTENCIAL ALELOPÁTICO DE FOLHAS E CAPÍTULOS DE GIRASSOL SOBRE A GERMINAÇÃO DE Digitaria insularis
Resumo
Introdução: Os metabolitos especiais presentes em fungos, micro-organismos e plantas podem interferir em sistemas biológicos ou agrícolas, estimulando-os ou inibindo-os. As aplicações da alelopatia pode ser uma alternativa para a substituição ou diminuição do uso de herbicidas e, quem sabe, solução para regiões agrícolas que enfrentam o problema de plantas resistentes a determinados agroquímicos. Objetivo: Avaliar o potencial alelopático de diferentes extratos de girassol sobre a germinação de Digitaria insularis (capim-amargoso). Material e métodos: Os extratos foram preparados com folhas e capítulos secos e triturados de girassol (Helio251), através do método de decocção. As sementes de capim amargoso foram germinadas (50 sementes/placa) sobre papel de filtro umedecido com água estéril (controle) e com os tratamentos de 2,5; 5 e 10% de extrato. Foram avaliados o percentual de germinação, tempo de germinação, índice de velocidade de germinação (IVG) durante os sete dias de experimento. No sétimo dia foi realizada a análise de extravasamento de eletrólitos (CE). Resultados: As sementes não germinaram nos tratamentos com extrato foliar, portanto com IVG igual zero. Apesar dos tratamentos de 2,5 e 5% com extrato de capítulo não inibirem completamente a germinação, diminuíram o IVG, possivelmente, a constituição química do extrato causou efeito retardador na germinação. O extrato foliar apresentou os maiores níveis de eletrólitos extravasados (2,5: 49,75; 5: 65,95 e 10: 76,42) quando comparado ao de capítulo (2,5: 38,74; 5: 43,48 e 10: 61,52). Conclusão: Ambos os extratos (de folhas e capítulos) de girassol possuem potencial alelopático, sendo o extrato foliar mais potente (inibição de 100% da germinação em baixas concentrações). O extrato de capítulo foi dose-dependente.
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