EVOLUÇÃO DAS OCUPAÇÕES DAS ÁREAS DE RESSACAS DOS MUNICÍPIOS DE MACAPÁ E SANTANA, NO ESTADO DO AMAPÁ, NO PERÍODO DE 2010 Á 2020: ASPECTOS ESPACIAIS, SOCIAIS, ECONÔMICOS E AMBIENTAIS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2669Palavras-chave:
AGLOMERADOS SUBNORMAIS, ANÁLISE ESPACIAL, IMPACTOS AMBIENTAIS, RESSACASResumo
Introdução: Esse trabalho vem trazer uma abordagem sobre as ocupações desordenadas das áreas de ressacas dos municípios de Macapá e Santana, no Estado do Amapá, durante o período de 2010 à 2020, investigando seus aspectos espaciais, sociais, econômicos e ambientais. Ressaca é um termo regional utilizado para designar áreas úmidas encaixadas em terrenos quaternários, localizados na zona costeira do Amapá, caracterizados por um ecossistema complexo e distinto que sofre ação das marés, rios, igarapés e pelo ciclo sazonal das chuvas. Objetivos: O objetivo geral, é analisar os principais impactos ambientais provocados pela ocupação das áreas de ressacas nos municípios de Macapá e Santana. Tendo ainda como objetivos específicos, medir as taxas de crescimento populacional e evolução dessas ocupações, bem como, analisar os principais motivos da intensificação das áreas mencionadas mesmo após a implantação de vários conjuntos habitacionais destinados a pessoas de baixa renda e conhecer a realidade da população ali residente. Material e métodos: Para chegar aos resultados obtidos foram utilizados métodos, instrumentos e materiais, tais como imagens de satélites de média e alta resolução, SIG, análise espacial das imagens, arquivos shaperfiles das áreas de aglomerados subnormais, fotografias e visita "in loco". Resultados: Apesar da construção de várias áreas residenciais destinadas para população de baixa renda e em vulnerabilidade social, constatou-se o aumento de 47% na área ocupada das ressacas e o aumento de 69% no total de pessoas residentes nessas áreas, assim como o agravamento das questões socioambientais como o aumento da criminalidade, das doenças causadas pela veiculação hídrica, poluição das águas pelo esgoto e lixo jogado diretamente nessas áreas, entre outros. Conclusão: Com base nas informações coletadas e nos resultados obtidos nesse estudo, ficou evidenciado um aumento expressivo nas áreas das ressacas ocupadas, e uma quantidade maior de pessoas ocupando esses espaços, em condições precárias de habitação, sem saneamento básico e serviços públicos, provocando uma enorme pressão aos ecossistemas ali presente, por isso torna-se urgente ações governamentais na questão habitacional de forma a remanejar essas famílias para áreas próprias à habitação, além da conscientização ambiental da população e a recuperação das áreas degradadas.
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