PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANC) NO MUNICÍPIO DE ITAIÇABA, CEARÁ, NORDESTE DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2645Palavras-chave:
ALIMENTAÇÃO, BIODIVERSIDADE, CAATINGA, ETNOBOTÂNICA, PLANTAS COMESTÍVEISResumo
Introdução: O Brasil é destaque no que se refere a sua biodiversidade e importância ambiental, sendo considerado um país megadiverso. Entre esta biodiversidade florística, estão as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), que tem sido foco de diversos estudos nas mais diferentes áreas, por apresentar variados benefícios nutricionais, econômicos e ambientais. Incluem-se neste grupo de plantas aquelas com uma ou mais partes comestíveis, que não são comumente utilizadas pela população de uma determinada região. Objetivo: Diante disso, objetivou-se realizar a caracterização das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) encontradas no bairro São Francisco, município de Itaiçaba, estado do Ceará, e para isso. Material e Métodos: Buscou realizar o levantamento das PANC e compreender o conhecimento dos moradores sobre a utilização dessas plantas na alimentação. A coleta de dados se deu através de observações visuais e diretas das espécies de plantas presentes no bairro, enquanto que as identificações foram feitas com auxílio de fotografias, consulta a especialistas, literatura especializada (Kinupp e Lorenzi, 2014) e banco de dados da Flora do Brasil 2020 (floradobrasil2020@jbrj.gov.br). Posteriormente, foram aplicados 30 questionários semi-estruturados, acompanhados de turnês-guiadas nos quintais dos moradores. Resultados: No total, 35 espécies de PANC foram identificadas na localidade. A maioria dos participantes desconhece o termo, o que não significou que não utilizam estas plantas na alimentação, porém o que predomina são as formas e partes convencionais de uso. Neste sentido, o que prevalece é a inexistência de uma diversificação alimentar, já que as plantas com elevado potencial alimentício são negligenciadas. Desta forma, visando minimizar a não utilização desses vegetais, este estudo contribui para a divulgação das PANC encontradas, disseminando conhecimentos entre moradores locais, pesquisadores e pessoas interessadas na temática.
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