O PRIMEIRO REGISTRO DE Pampaphoneus biccai (ANTEOSAURIDAE) COM OSSOS PÓS-CRANIANOS
Resumo
Introdução: A Formação Rio do Rasto da Bacia do Paraná é, até então, a única unidade estratigráfica com registros corpóreos de tetrápodes continentais do Guadalupiano e Lopingiano (épocas do período Permiano), da América do Sul. No Brasil, se estende pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, portanto possui grande relevância no conhecimento e preservação do patrimônio paleontológico brasileiro. Dentre os taxa descritos para esta formação, destacam-se os Dinocephalia, representados por carnívoros de tamanho médio e grandes herbívoros. O espécime até então mais completo deste clado para o Brasil tratava-se de um crânio relativamente bem preservado encontrado em São Gabriel, RS, que fundamentou a descrição do táxon Pampaphoneus biccai. Refere-se a um dinocefálio anteossaurídeo, um clado dentro de Synapsida. Objetivo: Apresentamos, aqui, o crânio e materiais pós-cranianos do segundo registro de Pampaphoneus biccai. Material e métodos: O espécime foi encontrado em um afloramento rochoso pertencente à Formação Rio do Rastro da Bacia do Paraná na fazenda Boqueirão, localizada no município de São Gabriel, RS. Ainda está em fase de preparação mecânica no Laboratório de Paleobiologia da Universidade Federal do Pampa. Resultados: Até o momento, encontra-se exposta na rocha a face direita do crânio, relativamente bem preservada. Conforme a comparação do espécime com o holótipo (UFRGS-PV386P) de P. biccai, é possível observar diferenças tais como, a presença de cinco dentes pré-maxilares (quatro no holótipo) e sete pós-caninos (oito no holótipo). Entretanto a similaridade geral de outros elementos cranianos sugere a ocorrência de variação intraespecífica. Também se encontra na rocha ossos pós-cranianos como costelas, vértebras, um membro anterior, e outros materiais associados ainda não identificados. Esses elementos são importantes na compreensão da anatomia do animal, levando em consideração que estes ainda não haviam sido encontrados e descritos anteriormente. Conclusão: O novo espécime contribuirá com informações relevantes sobre este dinocefálio, de modo a ajudar com interpretações ecológicas acerca de sua relação com os anteossaurídeos já descritos.
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