POTENCIAL DE ESTABELECIMENTO DE PLANTIO PARA EXTRAÇÃO E MANUFATURA DE ÓLEOS VEGETAIS DE ESPÉCIES NATIVAS NO NORTE PIAUIENSE
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2412Palavras-chave:
ARACACEAE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, MATA DOS COCAIS, ÓLEO VEGETAL, PALMEIRASResumo
Introdução: Murici dos Portelas, no estado do Piauí, encontra-se na Mata dos Cocais, área de transição entre Cerrado, Caatinga e Amazônia, bioma rico em espécies vegetais produtoras de óleos, incluindo a maior concentração de palmeiras (Aracaceae) oleaginosas do mundo. O plantio de espécies nativas para a produção de óleos poderia enriquecer interações ecológicas locais, por fornecer alimentos para a fauna, bem como gerar atividades econômicas sustentáveis, associadas a outros serviços e produtos, fornecendo alternativas à destruição de habitats tropicais relacionada ao monocultivo de Palma (Elaeis guineensis). Objetivos: Propor projeto de plantio com espécies botânicas produtoras de óleos, associado a uma cadeia produtiva local, com foco na obtenção de óleos vegetais e desenvolvimento de produtos com valor agregado. Material e métodos: Fez-se estudo bibliográfico para identificar vegetação arbustiva e arbórea com potencial de estabelecimento em propriedade rural, que também serviria como base de cadeia produtiva, no município de Murici dos Portelas-PI. Levou-se em consideração que parte da propriedade rural, localizada em 3°15’46.96’’S, 41°57’04.25’’O) será destinada a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural, onde somente é permitido ecoturismo, pesquisa científica e educação ambiental, e o restante da área terá uso direto dos recursos naturais. Resultados: As plantas produtoras de óleos com potencial para estabelecimento no local foram Andiroba (Capara sp.), Babaçu (Orbignya martiana), Baru (Dipteryx alata), Carnaúba (Copernicia prunifera), Coco-babão (Syagrus cearensis), Copaíba (Copaifera sp.), Licuri (Syagrus coronata), Macaúba (Acrocomia aculeata), Mamona (Ricinus communis), Oiticica (Licania rigida), Pindoba (Attalea sp.), Sucupira (Bowdichia sp.) e Tucunzeiro (Bactris setosa). Conclusão: São várias as espécies vegetais adequadas ao projeto. Entretanto, a capacidade de produção de cada óleo, propriedades químicas e valor comercial varia de acordo com a espécie e as condições ambientais locais. As aplicações desses óleos incluem produção de cosméticos, alimentos, medicamentos, fitoterápicos, produtos de limpeza, lubrificantes e biocombustíveis. Evidencia-se que muitas dessas espécies não são domesticadas e fazem-se necessárias mais pesquisas para o entendimento da biologia e melhoramento genético dessas culturas.
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